Em 2008, durante o cárcere de Eloá Cristina junto a sua amiga, Nayara Rodrigues, reféns em Santo André (SP), a equipe de Sônia Abrão, do programa, A Tarde é Sua da emissora RedeTV!, conseguiu com exclusividade falar ao telefone com o assassino, Lindemberg Alves.
Ao mesmo tempo que mantinha os jovens reféns, ele prestava atenção à mídia ao seu redor. O assassino, teria ligado no programa afirmando que não queria parecer “bandido”. A apresentadora foi avisada ao vivo que a chamada estava na linha.
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Como a entrevista foi conduzida
Desde a ligação, há 17 anos Sônia Abrão é criticada pela condução da entrevista e é apontada como uma das pessoas que ocasionou a morte da jovem Eloá, de 15 anos.
De acordo com a Band, Abrão afirmou que não se arrependeu da interferência no caso e disse que com sua experiência jornalística conversou com os dois. Justificando a polêmica.
Segundo a matéria, a justificativa de Sônia para conduzir essa entrevista foi baseada na percepção de que Lindemberg não queria ser visto como bandido. E a mesma não queria que ele fosse visto dessa forma também.
Assista como foi conduzida a entrevista pela apresentadora.
O Caso que chocou o país
Atualmente, a apresentadora segue à frente de seu programa diário e, mesmo após 17 anos daquela cobertura, o episódio segue como um dos marcos de controvérsia em sua carreira.
Segundo a produção do novo documentário sobre o caso, Sônia foi convidada a participar, mas recusou.

O sequestro de Eloá Cristina Pimentel, em outubro de 2008, mobilizou o país inteiro e gerou intensa repercussão na mídia. A adolescente de 15 anos foi mantida refém por seu ex-namorado, Lindemberg Alves, durante 100 horas.
Alves não aceitava o término do namoro. Eloá foi baleada pelo sequestrador durante a intervenção policial e não resistiu aos ferimentos. A morte da adolescente gerou debate nacional sobre ética jornalística, atuação policial e o papel da mídia em crises.
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O documentário
Produzido pela Netflix, o novo documentário pretende abordar essa narrativa da interferência da imprensa no caso. Dirigida por Cris Ghattas, a ideia é buscar apresentar o caso sob um olhar mais amplo e crítico.
O documentário contará com depoimentos de familiares da vítima e pessoas próximas ao crime.
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