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Dani Mel
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Locutora e apresentadora, Dani Mel já passou pelas principais emissoras de rádio do País, como 89 FM, Kiss FM, Transamérica, Rádio Eldorado e Cultura Brasil. Atuou como produtora dos shows no Brasil dos Rolling Stones, U2, Paul Mc Cartney, Ramones, Sting e Guns n’ Roses. Fala sobre música, comportamento e cultura pop.

AC/DC de volta ao Brasil: ingressos esgotados em tempo recorde mostram a força do rock

Uma das maiores bandas de todos os tempos, AC/DC, está de volta ao Brasil com uma turnê que promete estremecer estádios e corações. Após anos de espera, os ícones do rock retornam aos palcos brasileiros trazendo a força de seus clássicos e a potência inconfundível de suas performances ao vivo.

Com mais de cinco décadas de carreira, o AC/DC é responsável por alguns dos maiores hinos do rock mundial – como “Back in Black”“Highway to Hell”“Thunderstruck” e “You Shook Me All Night Long”. A banda, formada nos anos 1970 pelos irmãos Angus e Malcolm Young, consolidou-se como uma das mais influentes e bem-sucedidas da história, com milhões de discos vendidos e uma legião fiel de fãs ao redor do planeta, com mais de 200 milhões de álbuns vendidos mundialmente.

O álbum “Back In Black” é o álbum mais vendido de todos os tempos por uma banda e o segundo mais vendido da história, com mais de 50 milhões de cópias comercializadas. Foi o primeiro com Brian Johnson nos vocais depois da morte trágica e inesperada de Bon Scott, o carismático e inconfundível vocalista da banda, aos 33 anos, numa bebedeira em Londres

Bon Scott morreu em 19 de fevereiro de 1980, e Brian Johnson entrou para o AC/DC no mesmo ano, assumindo os vocais logo após a morte de Scott. O cenário musical global foi profundamente abalado e mergulhado em luto pela trágica e prematura partida de Bon Scott, deixando um vazio imenso e uma legião de fãs e colegas de banda em choque. A causa oficial e amplamente divulgada de sua morte foi intoxicação aguda por álcool, um desfecho lamentável que chocou a todos. Houve asfixia por vômito, um fator agravante que contribuiu para a fatalidade.

Com Brian Johnson nos vocais, o AC/DC lançou “Back in Black”. Apesar do desafio monumental de substituir um vocalista tão icônico, o álbum foi um sucesso estrondoso e sem precedentes, superando todas as expectativas e se tornando um marco na história da música. Ele rapidamente ascendeu ao posto de segundo disco mais vendido de todos os tempos, ficando atrás apenas do incomparável “Thriller” de Michael Jackson, um feito que poucos artistas conseguiram alcançar.

O que muita gente não sabe é que anos antes de morrer, Bon Scott assistiu a um show do “Geordie”, banda que Brian Johnson cantava na década de 1970, e ficou impressionado com a performance do vocalista – que, na verdade, estava tendo uma crise de apendicite.

Foi por conta dessa performance que o AC/DC ficou sabendo do carismático cantor.

Em entrevista ao New York Post, em 2011, Brian Johnson disse que Bon Scott era um grande fã de seu trabalho. Os dois chegaram a compartilhar palcos no início da década de 1970. Na época, obviamente, Johnson nem sonhava em se juntar ao grupo. Mas, de forma inevitável, seu nome foi lembrado pelos músicos remanescentes do AC/DC após a morte de Scott.

De acordo com Brian: “Eu tive um caso terrível de apendicite em um show e caí de lado, chutando e fazendo ‘ooh!’, mas continuei cantando. Aparentemente, ele falou aos caras quando entrou no AC/DC: ‘eu vi esse cara, Brian Johnson, cantando, e ele foi ótimo, ele estava no chão, chutando e gritando – que performance!’. Claro que não era uma performance, eu estava realmente doente.”

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, Brian Johnson contou a história sobre como acabou indo parar no AC/DC após a morte de Bon Scott. Tudo começou com uma estranha ligação de uma mulher, com sotaque alemão, oferecendo a ele uma audição em Londres. Brian Johnson relutou em aceitar, conforme o próprio se recorda:

“Eu disse: ‘eles são uma grande banda, mas eu tenho 32 anos e passei do meu prazo de validade, eles não vão ter interesse, será uma viagem perdida.”

Naquela época, fim da década de 1970, ele havia se mudado para a casa dos pais, em Gateshead, na Inglaterra, e, desiludido com a música, abriu uma oficina de pequenos reparos em carros, sua outra paixão, com a qual sustentava a esposa, Carol, e as duas filhas, Joanne e Kala. Aproveitando um trabalho de gravação de um comercial de aspirador de pó que também ocorreria em Londres, Brian Johnson acabou indo fazer o teste com a banda. O resto é história. E que história!

À revista “Classic Rock”, ele comentou: “Nunca vou esquecer do dia em que fui aceito. Era aniversário do meu pai e eu estava jogando sinuca em um pub. Voltei para casa e não tinha ninguém, meus pais tinham saído. Malcolm (Young) ligou e disse: ‘temos um álbum para fazer, vamos sair daqui algumas semanas, então, se você quiser…’ Eu falei: ‘o trabalho é meu?’. Ele disse que sim e eu falei que iria desligar, pedindo para que ele me ligasse em 10 minutos para eu ter certeza de que não era trote. Ele concordou, ligou de novo e perguntou se eu iria. Eu comemorei tanto que comprei uma garrafa de uísque para meu pai, de aniversário, e tomei um baita copo. Estava tão empolgado, mas não tinha ninguém para contar a novidade.”

A chegada da turnê ao Brasil é um marco histórico, celebrando a longevidade de uma banda que segue inspirando gerações. 

Se alguém tinha alguma dúvida, o AC/DC mostrou sua força, mais uma vez, na sexta-feira, 7 de novembro, quando esgotou em poucas horas ingressos para vários shows da parte latino-americana da turnê “Power Up” de 2026.

Em São Paulo e Buenos Aires, a banda australiana esgotou rapidamente ingressos para 3 dias em cada uma das cidades. Mesmo com preços elevados.

Para a arquibancada, o preço da entrada inteira custou nada menos que R$ 850,00, valor muito próximo dos praticados em grandes shows internacionais para a Pista Premium

Quanto ao ingresso de Pista, o valor da entrada inteira saiu por R$1.350,00.

Também houve venda de ingressos para Cadeira Inferior (R$1.590,00) e Cadeira Superior (R$1.490,00).

Sim, tá caro. 

Mas nada se compara a chance de ver de perto, talvez pela última vez, uma das maiores lendas do rock do mundo!!

For those about to rock, we salute you!