As relações entre Japão e China atingiram seu ponto mais tenso em anos após declarações da primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi sobre Taiwan.
Nesta quinta-feira (20/11), Taiwan também entrou no episódio: o presidente Lai Ching-te publicou uma foto comendo sushi e demonstrou apoio público ao Japão.
O que aconteceu?
Em 7 de novembro, a líder afirmou que um ataque chinês à ilha poderia representar “uma ameaça à sobrevivência do Japão”.
Juridicamente, isso autorizaria o uso das Forças de Autodefesa japonesas. A fala gerou reação imediata de Pequim e desencadeou uma escalada diplomática.
Desde então, a China tem feito sucessivos protestos. Em 13 de novembro, o governo chinês exigiu uma retratação formal, classificando as declarações como “ultrajantes”.
O tom da crise se intensificou após uma publicação do cônsul-geral chinês em Osaka, Xue Jian, sugerindo, em tom ameaçador, “cortar cabeças que se metem onde não devem”.
Além da retórica, Pequim adotou medidas práticas: suspendeu negociações comerciais, postergou reuniões bilaterais e emitiu alertas a estudantes e turistas chineses no Japão.
Também foi retomado o patrulhamento naval próximo às Ilhas Senkaku, território disputado pelos dois países.
Apesar das pressões, Tóquio reiterou seu compromisso com a política de Uma Só China, mas defendeu o direito a declarações alinhadas com sua Constituição e tratados de segurança.
A premiê afirmou que suas falas eram “hipotéticas” e que não pretende repetir o conteúdo no Parlamento.
Com informações da Reuters
