O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta‑feira (20 /11) uma modificação em sua ordem executiva que impunha uma sobretaxa de 40% sobre certos produtos importados do Brasil.
A revisão, resultante de negociações iniciadas em outubro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, exclui alguns produtos agrícolas da alíquota adicional, com vigência para entradas em consumo a partir de 12h.
A ação deriva da Executive Order 14323, assinada em 30 de julho de 2025, na qual os EUA declararam que práticas brasileiras constituíam uma “ameaça inusitada e extraordinária” à segurança nacional, política externa e economia americanas.
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A nova ordem inclui um anexo revisado que ajusta o escopo de bens sujeitos à taxa extraordinária
O secretário‑geral da Casa Branca informou que a decisão reflete “progresso inicial” nas negociações com o Brasil e permitirá que certos produtos agrícolas brasileiros deixem de ser taxados, sem comprometer o estado de emergência declarado anteriormente.
O governo americano esclareceu ainda que continuará vigilante quanto à situação e poderá adotar novas medidas caso considere necessário.
A ordem reforça que a retirada parcial da taxa não altera o mecanismo de emergência declarado, mantendo a autoridade sob as leis como o International Emergency Economic Powers Act e o National Emergencies Act.
Confira quais produtos foram afetados
- Carne bovina, cortes bovinos frescos, resfriados e congelados;
- Tomates e hortaliças (com especificação de sazonalidade dos EUA);
- Tubérculos e raízes;
- Frutas tropicais, como abacaxi, manga, banana, coco, castanhas, abacate e mamão;
- Farinhas, cereais, óleos, como coco, cacau, tapioca e pães;
- Combustíveis e minerais, como carvão, petróleo e alguns tipos de metais;
- Peças de componentes de aeronáutica, como tubos, mangueira, peças de moto, cabos, sensores.
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