O dólar voltou a subir com força nesta sexta-feira (21/11) e fechou acima de R$ 5,40, enquanto o Ibovespa caiu pela quarta vez seguida, em meio à combinação de tensão política interna e ajustes no mercado internacional. A moeda americana encerrou o dia vendida a R$ 5,401, acumulando alta semanal e retomando o maior patamar desde outubro.
Tensões internas ajudam a pesar no mercado
A corrida do dólar aconteceu durante toda a sessão e bateu R$ 5,42 na máxima do dia. Apesar disso, a divisa ainda recua no acumulado de 2025. Já o Ibovespa fechou aos 154.758 pontos, pressionado pela queda da maioria das ações, mesmo com avanços pontuais em mineradoras e bancos.
O movimento seguiu a tendência global. Na quinta (20/11), o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 119 mil vagas em setembro, bem acima das expectativas. Embora o desemprego tenha subido para 4,4%, o dado mais forte de emprego reduz as chances de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro — e isso faz o dólar ganhar força no mundo todo.
O fortalecimento da moeda americana também atingiu outras divisas emergentes e ligadas a commodities, especialmente em um dia de queda do petróleo. Nem a retirada da tarifa de 40% para produtos brasileiros anunciada por Donald Trump conseguiu segurar o impacto, já que os efeitos no fluxo cambial ainda são incertos.
Além do cenário externo turbulento, aumentou o estresse político em Brasília. A indicação de Jorge Messias ao STF provocou ruído entre Planalto e Senado, e a fala de Davi Alcolumbre sobre pautar um reajuste para agentes de saúde acendeu alertas no mercado por causa do impacto fiscal.
