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“Cumprimento raro da justiça”, diz deputado Chico Alencar sobre prisão de Jair Bolsonaro

Em entrevista à TMC, o parlamentar afirmou que o ministro Moraes agiu com “apreço pela democracia” e que todos os direitos do ex-presidente foram preservados durante a detenção

O deputado federal do PSOL-RJ avaliou neste sábado (22/11) que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro representa um “cumprimento raro da justiça” no histórico de investigações sobre golpismo e fraudes financeiras no país. Em entrevista à TMC, o parlamentar afirmou que o ministro Alexandre de Moraes agiu com “apreço pela democracia” e que todos os direitos do ex-presidente foram preservados durante a detenção.

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O deputado disse que, apesar de parte da militância bolsonarista manter apoio ao ex-presidente, há um “cansaço evidente” nas mobilizações. Ele relembrou episódios anteriores em que a oposição tentou pressionar o Congresso e afirmou que a tendência é de menor adesão nas ruas. Para ele, a convocação de vigílias, combinada com a tentativa de Bolsonaro de se livrar da tornozeleira, reforça o caráter “golpista” de setores da direita.

O parlamentar também criticou a mesa diretora da Câmara e anunciou que cobrará investigação sobre a facilidade de saída do país do deputado delegado Ramagem, citado em apurações ligadas ao ex-presidente. Segundo ele, a autorização para que Ramagem votasse do exterior indica “conivência” interna.

Durante a conversa, o deputado comparou a prisão de Bolsonaro com a do presidente Lula em 2018. Ele destacou que Lula se entregou publicamente no Sindicato dos Metalúrgicos, enquanto Bolsonaro teve uma chegada “discreta e silenciosa” à Polícia Federal — além de ter descumprido medidas judiciais, o que levou à prisão preventiva atual.

Na avaliação do parlamentar, a diferença central está na postura: “Lula cumpriu a decisão mesmo discordando; Bolsonaro tenta mobilizar reação nas ruas e romper regras legais”. O deputado afirmou ainda que a condenação definitiva do ex-presidente deve avançar na próxima semana, quando os últimos recursos forem rejeitados.

Para ele, a prisão preventiva é um “passo necessário” antes da pena final, que pode ser cumprida na Papuda, embora a defesa de Bolsonaro deva pedir prisão domiciliar por razões médicas. O deputado concluiu dizendo que “o sistema legal está funcionando” e que a detenção do ex-presidente é “justa”.

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