O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou a entrada de armamento no Estado do Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (28/11), na abertura do Seminário Esfera Rio, que acontece no Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio.
“Nós não fabricamos fuzis. Por que esse mesmo fuzil não entra em Santa Catarina? Por que não entra em São Paulo? Por que esse fuzil só consegue entrar no território do Rio de Janeiro? A guarda de fronteiras, a Polícia Federal não cumpre o mesmo papel, não seria a mesma que atua em Santa Catarina e São Paulo? Acho que precisamos parar com essa hipocrisia”, declarou o prefeito.
Segundo o prefeito do Rio, se a fiscalização é federal, não deveria haver diferença entre Rio, São Paulo, Santa Catarina ou Pará. Paes completou dizendo que é preciso acabar com o que chamou de “hipocrisia” ao tratar da responsabilidade sobre a circulação de armas pesadas no país.
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O prefeito também contestou a ideia de que a capital fluminense vive entre as capitais mais perigosas. Ele citou dados que colocariam São Paulo no topo dos índices e o Rio distante dessa posição. Segundo Paes, essa percepção distorcida alimenta um debate que precisa ser feito com mais seriedade.
Paes foi firme ao responder sobre possíveis ações conjuntas da prefeitura para melhorar a segurança. Ele lembrou que segurança pública é atribuição estadual e criticou o que chamou de jogo de empurra entre governos.
Para ele, a cobrança feita ao governo federal ignora que, onde os estados atuam bem, os resultados aparecem. E reforçou que é preciso parar com a hipocrisia e deixar claro para a população de quem é a responsabilidade.
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