O atropelamento qualificado como tentativa de feminicídio da jovem Tainara Souza Santos, de 31 anos, chocou até as autoridades policiais, disse o delegado Fernando Barbosa Bocci, responsável pelas investigações. O crime ocorreu no último sábado (29/11), na Marginal Tietê, em São Paulo.
Segundo o delegado, o suspeito do crime, Douglas Alves da Silva, tinha um sentimento de posse da vítima e, devido a isso, se sentiu no direito de atropelá-la.
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“Até nós, que trabalhamos com segurança pública, é uma coisa que choca. Ele, por uma questão de sentimento de posse da vítima, se sentiu no direito de atropelar. Ela ficou presa debaixo do carro, ele puxou o freio de mão, para o carro ficar fazendo movimento para machucar mais a vítima, e, depois, saiu arrastando ela”, comentou Bocci.
Prisão do agressor
No último domingo (30/11), Douglas foi preso em um hotel na Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo, ocasião em que teria trocado tiros com a polícia.
Tainara foi arrastada na Avenida Morvan Dias de Figueiredo até a Rua Manguari, após ser atropelada. Ela precisou ser submetida a uma série de cirurgias e chegou a ter as duas pernas amputadas.
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Discussão em bar
Imagens mostram uma discussão entre Douglas e Tainara após ela sair de um bar no Parque Novo Mundo, na Zona Norte. O advogado da vítima informou que ela está em estado grave no hospital.
“No mínimo, temos uma tentativa de feminicídio, com algumas qualificadoras, como motivo torpe, motivo cruel. Este é hoje um dos crimes mais graves que temos no Código Penal”, disse o advogado Wilson Zaska.
