O presidente Lula falou, num evento na refinaria Abreu e Lima nesta terça (02/12), sobre os casos recentes de feminicídio no Brasil. Às lágrimas, Lula questionou as penas previstas no Código Penal para casos de violência contra a mulher.
“O que está acontecendo na cabeça desse animal [o ser humano], que é tido como a espécie mais inteligente do planeta Terra, para tanta violência?”, questionou o presidente, emocionado.
Lula comentou casos de violência contra mulheres que apareceram nos noticiários nos últimos dias: “Teve um cara que pegou duas pistolas na mão e descarregou contra a mulher (…) Teve um outro que matou a mulher grávida de três filhos, tocou fogo na casa”, lembrou o presidente, que também citou o caso do “outro que atropelou a mulher e arrastou ela por 1 km”.
Acompanhe tudo o que acontece no Brasil e no mundo: siga a TMC no WhatsApp
O presidente esbravejou contra as penas concedidas aos agressores em casos como esse, dizendo que “não existe pena para punir um cara desse, porque até a morte é suave“. Lula ainda completou dizendo que “aquele cara que bateu na moça com 60 socos na cara” deveria ter “nascido sem braço”.
“O Código Penal brasileiro tem pena para fazer justiça a um animal irracional como esse? (…) Pensando bem, não existe pena para punir um cara desse, porque até a morte é suave. Aquele cara que bateu na moça com 60 socos na cara dela, que pena merece um cara daquele?! O cara passou 50 anos fazendo musculação, todo bombado, pra quê?! Pra bater em mulher?! Era melhor que tivesse nascido sem braço”, bradou Lula.
Conforme dados levantados pelo Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) e reportados pelo UOL, o Brasil registra mais de mil casos de feminicídio por ano; em 2024, foram mais de 1,2 mil.
Leia mais: Flávio e Jair Renan defendem inocência de Bolsonaro e demandam prisão domiciliar
O combate ao feminicídio tem sido pauta constante no governo Lula: no ano passado, o presidente sancionou uma lei que aumenta a pena por feminicídio para até 40 anos, além de proibir que autores de crimes contra mulheres exerçam cargo público.
