John Textor, dono do Botafogo, voltou a ser assunto negativo nos bastidores do Lyon, da França. A equipe francesa investiga internamente supostas “transferências fantasmas” feitas por Textor, repassando ao clube carioca jogadores que sequer chegaram a vestir a camisa do Lyon.
Textor, por meio da sua empresa Eagle Football Holdings, tem ações nos dois clubes, mas está afastado do comando do clube francês desde abril. Na época, o Lyon vivia uma grave crise financeira e quase foi rebaixado para a segunda divisão; uma das demandas da empresa Ares, que assumiu a administração, foi o afastamento de Textor.
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O jornal francês “L’Equipe” divulgou que a nova diretoria do Lyon foi surpreendida com as transações envolvendo os atletas Igor Jesus, Luiz Henrique, Jair Cunha e Savarino. Textor teria autorizado a compra dos direitos econômicos desses atletas, que seriam contratados para o Lyon e repassados ao Botafogo.
A transferência do argentino Thiago Almada, que defendeu o Botafogo antes de jogar pelo Lyon no primeiro semestre deste ano, também é investigada.
O método utilizado pelo empresário estadunidense para concretizar as transferências gerou uma dívida de 120 milhões de euros – mais de R$ 743 milhões na cotação atual. Para ter os direitos econômicos dos atletas, Textor teria primeiro oferecido a expectativa do valor de receita a uma empresa financeira, que anteciparia o dinheiro necessário para a compra; em seguida, o Lyon pagaria esse valor futuramente com juros.
A nova diretoria do clube informou ao “L’Equipe” que as transações supostamente nunca aconteceram, o que motivou a abertura da investigação interna. Além de não terem se apresentado ao Lyon, os jogadores também sequer foram registrados na Liga Francesa.
O Lyon afirmou ao jornal francês que as transações realizadas pela Eagle estão contabilizadas nos relatórios financeiros do exercício 2024-2025, mas não se sabe ao certo se o dinheiro foi convertido totalmente em ativos para o clube, como prometia o procedimento usado por Textor.
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A reportagem aponta que pessoas próximas ao empresário relataram que parte desse dinheiro foi usado para “salvar” o Lyon da crise financeira que quase o rebaixou.
De acordo com apuração do portal ge, o Botafogo garantiu que não infringiu o regulamento da Fifa, apontando que as transferências foram reportadas no DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão) da Liga Francesa e no balanço financeiro do Lyon.
