A leoa que matou o jovem Gerson de Melo Machado, de 19 anos, no zoológico da Bica, em João Pessoa, voltou ao seu recinto nesta quinta-feira (04/12), após passar quatro dias em isolamento. O retorno aconteceu sob monitoramento de uma equipe multidisciplinar, enquanto a Polícia Civil afirma que não houve falhas de segurança no local.
A volta da leoa ao recinto após dias de isolamento
Segundo a administração do Parque Arruda Câmara, o animal apresentou sinais de estresse logo após o ataque, mas evoluiu gradualmente. Imagens divulgadas nas redes mostram a leoa caminhando de forma cautelosa, reconhecendo novamente o espaço onde vive há quase duas décadas.
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Leona nasceu no próprio zoológico em 2006 e viveu por anos com os pais, Darah e Sadam. Depois, chegou a dividir o recinto com um leão chamado Simba, que morreu meses depois. Desde então, a leoa passou a ocupar o espaço sozinha, inclusive após uma tentativa frustrada de convivência com outra leoa vinda de Teresina.
Enquanto isso, a Polícia Civil mantém a posição de que o caso foi um episódio atípico. A delegada Josenise Andrade informou que o recinto segue todos os critérios técnicos exigidos e que perícias já foram solicitadas, tanto no local quanto no corpo da vítima.
O caso chocou o país porque imagens circularam mostrando Gerson escalando a lateral da jaula e usando uma árvore para acessar o espaço da leoa. Logo após a invasão, o jovem foi atacado e morreu em decorrência dos ferimentos.
Além disso, veio à tona que Gerson tinha diagnóstico de esquizofrenia, o que reacendeu o debate sobre saúde mental, vulnerabilidade social e responsabilidade do Estado. Mesmo assim, a investigação não aponta, até agora, negligência direta do zoológico.
O inquérito deve sair da delegacia de homicídios, já que não se trata de assassinato, e será encaminhado para uma delegacia distrital de João Pessoa para continuidade das apurações.
