O treinador da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, deu uma entrevista coletiva nesta sexta (05/11), às 19h, após o sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2026. O Brasil é o cabeça-de-chave do Grupo C, onde enfrentará Marrocos, Haiti e Escócia.
Na coletiva, que aconteceu em Washington, Estados Unidos – local do evento do sorteio – Ancelotti falou sobre o chaveamento, sobre a importância de vencer um título pela Seleção, a logística de treinamento, a questão física na Copa e, claro, sobre Neymar.
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Marrocos e Neymar
Walid Regragui, técnico da seleção de Marrocos, afirmou que respeita muito a Seleção Brasileira, mas que teria mais medo de jogar contra o Brasil se Neymar estivesse em campo.
Perguntado sobre a afirmação, Ancelotti afirmou que “temos que falar também dos outros jogadores, pensar no Brasil, que pode estar com ou sem Neymar“.
O treinador ainda garantiu que a lista definitiva vai sair “depois da Data Fifa de março”. Sobre enfrentar uma seleção como a de Marrocos, que terminou a Copa de 2022 entre os quatro melhores, Ancelotti foi incisivo: “Temos que ganhar o jogo, seja contra Marrocos, Haiti ou Escócia (…) é muito importante para a comissão fazer o trabalho que precisamos fazer, e se possível, ganhar os três jogos“.
Desgaste físico
A questão geográfica de disputar uma Copa no Hemisfério Norte, em época de verão, distribuída em três países apareceu diversas vezes durante a coletiva. Ancelotti fez uma comparação com o passado: na Copa de 1994, ele era auxiliar técnico da Itália, vencida pelo Brasil na final.
A Copa de 1994 ocorreu também nos Estados Unidos, mas para Ancelotti, “o futebol evoluiu; acho que vamos jogar à noite e não no sol do meio-dia a 90 graus“.
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Carleto afirmou que “está tudo bem planejado” na preparação da Seleção, e que apenas “precisamos encontrar um bom CT aqui nos Estados Unidos”.
Neymar pode ser convocado?
As repetidas perguntas sobre Neymar pareceram incomodar um pouco o técnico da Seleção, mas ele respondeu de forma assertiva: para Carleto, “se Neymar estiver bem” ou “melhor que outro”, ele “vai jogar a Copa e ponto“.
“Eu entendo muito bem que estão interessados em Neymar, quero esclarecer (…) estamos em dezembro, a Copa é em junho, vou escolher a Seleção em maio. Se Neymar estiver bem, ou melhor que outro, vai jogar a Copa e ponto. Não tenho dúvidas com ninguém”, disse Ancelotti.
Importância para a Seleção
Carlo Ancelotti foi perguntado sobre como se sente com a importância dada a ele como técnico da Seleção, bem como seu “crédito” em retornar a credibilidade ao time do Brasil. O técnico respondeu de forma moderada: para ele, “pode ser que a Seleção” é que seja importante para ele, e não o contrário.
O treinador afirmou que foi “muito bonito” o acolhimento dos brasileiros, mas que não está satisfeito apenas com isso: “Quero fazer algo importante para a Seleção“, afirmou.
“O acolhimento a mim foi muito bonito, mas quero fazer algo importante para a Seleção. Pode ser que eu seja muito importante para a Seleção, pode ser que a Seleção seja muito importante para mim”, disse Ancelotti.
Testes na convocação
Faltando cerca de seis meses para a Copa, Ancelotti afirmou que “não é mais hora de fazer testes” nas convocações. Para o treinador, a lista que tem na cabeça “está muito perto da lista definitiva de março”.
Apesar disso, Ancelotti reconheceu que entre março, quando sai a lista definitiva, e maio, quando a Seleção deve ser convocada oficialmente, “todo tipo de coisa pode acontecer” e está preparado para eventuais infortúnios.
Protagonistas e coadjuvantes
Respondendo a uma pergunta sobre um suposto protagonismo de Vini Jr. na equipe, Ancelotti combateu a ideia de que os outros atletas seriam “coadjuvantes” e defendeu o elenco: “Não temos hoje um jogador referente (sic), mas temos o melhor goleiro do mundo, o melhor zagueiro do mundo, meio-campistas ‘top’…”, discursou Carleto.
“Não quero jogadores que querem ser os melhores do mundo, quero jogadores que querem ganhar a Copa do Mundo”, filosofou o treinador da Seleção.
Copa do Mundo FIFA 2026
A Copa do Mundo de 2026 acontece entre os dias 11 de junho e 19 de julho, nos Estados Unidos, México e Canadá. Pela primeira vez na história, serão 48 seleções disputando o troféu mais cobiçado do futebol.
O jogo de abertura será disputado no Estádio Azteca, no México, e a grande final acontece no Estádio MetLife, em Nova Jersey (Estados Unidos).
Serão 104 partidas disputadas ao todo, com o México, um dos três países-anfitriões da competição, enfrentando a África do Sul para abrir o calendário.
