A prefeitura de São Paulo confirmou que as obras roubas da Biblioteca Mário de Andrade são gravuras do brasileiro Candido Portinari e do francês Henri Matisse. O crime aconteceu na manhã deste domingo (07/12), ocasião em que dois homens armados invadiram o local, renderam o segurança e levaram as obras.
Ao todo, foram roubadas 13 gravuras, oito de Matisse e cinco, de Portinari. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, as do pintor brasileiro integram obra “Menino de Engenho”, pertencentes à exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”.
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“A pasta informa que as obras expostas contam com apólice de seguro vigente e que o local dispõe de equipe e sistema de vigilância, sistema de câmeras de segurança. Todo o material que possa servir à investigação está sendo fornecido para as autoridades policiais”, diz nota enviada pela prefeitura.
Quem é Portinari
Considerado um dos principais nomes do Modernismo do Brasil, Portinari notabilizou-se pela criação de uma iconografia baseada no trabalhador brasileiro, tipos populares e crítica social – notadamente as figuras de retirantes trabalhadores do café, habitantes de favelas cariocas e do interior paulista – e também pelos painéis e murais históricos.
Entre as principais obras de Portinari, estão “Café” e “Emigrantes”, além de painéis históricos notáveis, a exemplo do “Guerra e Paz” para a sede da ONU, em Nova Iorque. Outras obras significativas incluem “A Primeira Missa no Brasil”, “São Francisco de Assis” e “Tiradentes”.
Quem Henri Matisse
Nascido na França, em 1869, Henri Matisse foi um pintor que gostava de usar cores fortes e formas simples para criar obras de arte. Ele fez parte de um grupo de artistas do movimento conhecido como Fauvismo, conhecidos como “feras da cor”.
Na prática, os fauvistas usavam cores fortes e não se preocupavam em pintar de maneira realista. Na verdade, queriam expressar sentimentos e emoções.
Furto em 2006
Este não é o primeiro caso de roubo na instituição. Em 2006, a Biblioteca Mário de Andrade foi alvo de um furto, quando doze gravuras raras do século XIX foram subtraídas. As peças faziam parte do livro “Souvenirs de Rio de Janeiro” e continham ilustrações de paisagens brasileiras pintadas à mão pelo suíço Johann Jacob Steinmann e datavam de 1834.
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A Polícia Federal conseguiu recuperar as obras em 2024, após 18 anos do crime, quando foram encontradas com um colecionador brasileiro que as havia adquirido legalmente em uma casa de leilões, em Londres.
