A Polícia Federal (PF) prendeu dois sargentos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro por suspeita de vazamento de informações sobre operações policiais para uma das principais facções criminosas do Rio.
A ação ocorreu nesta segunda-feira (08/12) durante a Operação Tredo, que busca desarticular um núcleo de agentes de segurança pública infiltrados no crime organizado. As prisões foram realizadas com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais e da Corregedoria da PMERJ.
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Agentes federais cumprem 11 mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro. A investigação identificou policiais militares que forneciam dados privilegiados sobre operações planejadas em comunidades dominadas pela facção.
Um dos investigados é sargento do BOPE e tinha a função de escalar equipes para operações policiais. Entre os 11 alvos da ação atual, um já havia sido detido durante a Operação Contenção, executada em novembro.
O caso começou a ser apurado após o compartilhamento de informações sobre um militar da Marinha do Brasil que fornecia drones e treinava integrantes da organização criminosa. Este intercâmbio de dados foi autorizado judicialmente durante a Operação Buzz Bomb, conduzida pela PF em setembro de 2024.
Durante as diligências, as autoridades apreenderam três veículos e diversos aparelhos celulares dos investigados. As prisões e apreensões buscam aprofundar as investigações para identificar outros possíveis integrantes da facção infiltrados em órgãos públicos.
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A palavra “tredo”, que nomeia a operação, significa traidor, aquele que quebra a confiança alheia agindo com falsidade.
A ação integra a Missão Redentor 2, iniciativa permanente da PF para combater organizações criminosas no Rio de Janeiro, seguindo diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635.
As investigações prosseguem para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
