O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta terça-feira (09/12) que disse a Donald Trump, que, se os Estados Unidos quiserem ajudar no combate ao crime organizado no Brasil, poderiam prender um empresário que mora em Miami apontado como o maior devedor do país.
Sem citar o nome, Lula o classificou como “um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro”.
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Em discurso durante evento do governo no Palácio do Planalto, Lula disse que se colocou à disposição de Trump para colaborar no combate ao crime organizado, e classificou a segurança pública como o problema mais grave do Brasil atualmente.
“Liguei para o presidente Trump e disse a ele que, se ele quiser enfrentar o crime organizado, nós estamos à disposição, e mandei para ele no mesmo dia a proposta do que nós queremos fazer“, disse Lula.
“Disse para ele, inclusive, que um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro, que é o maior devedor deste país, que é importador de combustível, mora em Miami. Então, se quiser ajudar, vamos ajudar prendendo logo esse aí”, acrescentou Lula, sem citar nomes.
O combate ao crime organizado foi levantado em telefonema recente entre Lula e Trump na esteira de uma operação deflagrada pelas autoridades brasileiras contra a refinaria privada Refit, em que a Receita Federal apontou operações irregulares com empresas constituídas no Estado norte-americano de Delaware, que permite a criação de empresas com anonimato e sem tributação local, desde que não gerem renda em território norte-americano.
Segundo a Receita, essas entidades são comumente associadas à lavagem de dinheiro ou blindagem patrimonial.
Na época da operação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ele e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, haviam sugerido a Lula que buscasse cooperação com autoridades dos EUA para combater a lavagem de dinheiro.
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Por Reuters
