A sucessão de conflitos no Congresso Nacional tem se tornado mais frequente. O episódio mais recente envolveu o deputado do PSOL Glauber Braga, expulso da mesa diretora após ocupá-la. A polícia foi chamada para retirá-lo, em meio à tentativa do parlamentar de barrar o processo de extinção de seu mandato, relacionado à acusação de quebra de decoro pela expulsão de um integrante do Movimento Brasil Livre em 2024.
Em agosto, deputados da oposição também ocuparam a mesa diretora e permaneceram no local por cerca de 24 horas. Durante o ato, alguns colocaram fita adesiva na boca para simbolizar que estariam silenciados. Segundo relatos, ações desse tipo bloqueiam o andamento regimental e o cotidiano da Câmara, impedindo votações e outros procedimentos.
A lembrança de invasões estudantis em instituições como a PUC serve como comparação para o cenário projetado. Em ocasiões passadas, estudantes ocuparam a reitoria, deixando o espaço sujo, com restos de comida, papel higiênico, embalagens e redes para dormir. A expectativa manifestada é de que situações semelhantes possam vir a ocorrer em Brasília, com ocupações prolongadas e interferência direta no funcionamento legislativo.
O ano de 2026 é apontado como um período de agravamento das tensões, marcado pelas chamadas grandes eleições, que definem governadores, parlamentares estaduais e federais, senadores e o presidente da República. A percepção é de que esses pleitos se tornam cada vez mais violentos, sem sinais de que esse quadro esteja prestes a mudar. A polarização tampouco dá indícios de recuo, sustentada pela ideia de que o envolvimento político sempre foi marcado por confrontos.
Há o temor de que o Brasil chegue a uma situação ainda pior durante o processo eleitoral. Embora exista o desejo de que o cenário não se deteriore, não há indicativos de melhoria no comportamento dos deputados ou da própria Câmara Federal, que é compreendida como um espelho do país. A impressão de quem observa a realidade brasileira há mais tempo é a de que o país tem piorado, acompanhando a avaliação de que líderes políticos estariam se tornando mais delinquentes.
O STF é descrito como um “show de calouros”, com seus integrantes supostamente preocupados em aparecer. Paralelamente, critica-se a atuação do presidente da República, retratado como cada vez mais fraco e centrado em si mesmo, independentemente do partido. A conclusão apresentada é que os representantes atuam de costas para a população e que o Estado brasileiro reafirma sua natureza: a de se colocar contra o cidadão.
Diante desse panorama, projeta-se para 2026 o risco de novas ocupações da mesa diretora, proliferação de notícias falsas e embates marcados por bacharia entre candidatos. A avaliação final é que, quando o objetivo é vencer uma eleição, todos mentem.
