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EUA sancionam familiares de Maduro após apreender petroleiro venezuelano

Medida atinge três sobrinhos da primeira-dama e seis empresas de transporte. Militares americanos abordaram embarcação no Caribe que transportava mais de 1 milhão de barris

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs novas sanções contra três sobrinhos da esposa do presidente venezuelano Nicolás Maduro e seis empresas ligadas ao transporte de petróleo da Venezuela.

A medida foi anunciada após forças americanas apreenderem um navio petroleiro nas águas do Mar do Caribe próximas à Venezuela. A operação incluiu a descida de helicópteros sobre a embarcação, que será escoltada até um porto americano.

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As restrições atingem Franqui Francisco Flores de Freitas, Efraín Antonio Campos Flores e Carlos Erik Malpica Flores, todos sobrinhos de Cilia Flores, primeira-dama venezuelana. O Tesouro americano justificou as sanções afirmando que dois deles são “traficantes de drogas que atuam na Venezuela”.

A apreensão do navio ocorreu na quarta-feira (10/12), quando militares dos EUA abordaram a embarcação no Caribe. Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, informou que a tripulação está sendo interrogada e o petroleiro será levado para território americano.

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, declarou em comunicado que “Nicolás Maduro e seus parceiros criminosos na Venezuela estão inundando os Estados Unidos com drogas que envenenam o povo americano”. Esta acusação reforça a posição de Washington, que há anos considera a Venezuela um Estado controlado por narcotraficantes.

O petroleiro transportava entre 1,1 milhão de barris de petróleo, conforme registros do site MarineTraffic, e 1,9 milhão, segundo alegou Maduro. A embarcação, anteriormente conhecida como Adisa, havia sido identificada pelo Departamento do Tesouro em 2022 por supostas ligações com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e o Hezbollah.

Para a operação militar, Washington deslocou para a área uma força que inclui o maior porta-aviões do mundo, dezenas de caças e milhares de fuzileiros navais. Não há informações sobre quando o navio chegará ao porto americano nem quais serão as próximas ações militares dos EUA na região.

Maduro classificou a ação como “pirataria naval criminosa” durante pronunciamento. “Sequestraram os tripulantes, roubaram o barco e inauguraram uma nova era, a era da pirataria naval criminosa no Caribe”, disse o presidente venezuelano.

O governo de Caracas também classificou a operação como um “roubo descarado” e um “ato de pirataria internacional”. Maduro, que enfrenta acusações formais em um tribunal de Nova York por supostamente liderar o Cartel de los Soles, conversou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin após o incidente.

Segundo informações divulgadas pelo Kremlin, “Vladimir Putin expressou sua solidariedade com o povo venezuelano e confirmou seu apoio à política do governo de Maduro”.

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos EUA, defendeu a apreensão durante audiência no Congresso americano, referindo-se ao governo venezuelano como “regime”. “Foi uma operação bem-sucedida […] para garantir que estamos contra-atacando um regime que sistematicamente enche o nosso país de drogas mortais”, afirmou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se “preocupado” com a apreensão do navio. Enquanto isso, a opositora venezuelana María Corina Machado, que chegou a Oslo para receber o Prêmio Nobel da Paz, manifestou apoio a Trump e sua campanha contra Maduro. “Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e o levarei à Venezuela no momento adequado”, declarou.

Franqui Francisco Flores de Freitas e Efraín Antonio Campos Flores foram detidos no Haiti em 2016, acusados de tráfico de drogas. Os sobrinhos de Cilia Flores foram condenados em 2017 em Nova York e posteriormente libertados pelo presidente Joe Biden, em troca de sete presos americanos na Venezuela.

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