Morreu a última orca que vivia em cativeiro na Argentina, batizada de Kshamenk e resgatada em 1992, ainda filhote, após um encalhe. A informação foi confirmada pelo parque aquático Mundo Marino, onde o animal era uma das principais atrações.
O parque informou que a morte foi causada por uma parada cardiorrespiratória e que as circunstâncias são alvo de investigação, mas tudo indica que o óbito está relacionado à idade avançada.
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Apesar da nota de pesar do Mundo Marino, ativistas dos direitos dos animais criticavam as condições das instalações onde o cetáceo vivia. Imagens áreas mostram tanques considerados pequenos para abrigar um animal do porte de Kshamenk.
Uma postagem de 2023, do ativista Phill Demers e fundador da ONG Urgent Seas (baseada em Miami), destaca que o tanque é o mesmo de 1992.
“Kshamenk, uma orca macho de 35 anos em cativeiro, está preso em um tanque de concreto minúsculo e decrépito desde 1992. É tão pequeno que ele mal consegue nadar de um tanque para o outro. Um tanque não é um lar. É uma prisão. #FreeKshamenk”, escreveu Demers.
A história de Kshamenk
O Mundo Marino relembrou que Kshamenk foi resgatada a partir de ligações feitas por moradores locais que relataram o encalhe de quatro animais no estuário do Rio Ajó, que deságua na baía de Samborombón. Quando chegaram ao local, os especialistas encontraram apenas uma pequena orca.
“Uma avaliação inicial indicou que o animal estava em estado crítico . Vários métodos foram tentados para o resgate e soltura, mas todos se mostraram infrutíferos, pois o animal estava extremamente fraco. A única opção restante, com a aprovação das autoridades nacionais, foi tentar levá-lo às instalações do Mundo Marino para que pudesse receber o tratamento adequado para sua recuperação”, diz a nota do parque.
