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Von der Leyen afirma que maioria da UE apoiará acordo com Mercosul

Presidente da Comissão Europeia anunciou adiamento da assinatura do tratado comercial para janeiro de 2026 após resistência da França e Itália

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta sexta-feira (19/12) que existe número suficiente de Estados-membros da União Europeia para aprovar o acordo comercial com o Mercosul. A declaração ocorre após o adiamento da assinatura do tratado, que estava prevista para este sábado (20/12) e foi transferida para janeiro de 2026, conforme informou a agência Reuters.

Von der Leyen comunicou o adiamento às autoridades europeias durante a reunião do Conselho Europeu, que começou na quinta-feira (18/12) em Bruxelas e prossegue até esta sexta (19/12). A mudança no cronograma aconteceu quando a Itália decidiu se unir à França no pedido de postergação, principalmente devido a preocupações relacionadas ao setor agrícola europeu.

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“Entramos em contato com nossos parceiros do Mercosul e concordamos em adiar ligeiramente a assinatura”, explicou von der Leyen aos jornalistas, mostrando-se “confiante” quanto à existência de apoio majoritário para a conclusão do acordo.

O tratado entre Mercosul e União Europeia, negociado há 25 anos, busca reduzir ou eliminar gradualmente tarifas comerciais e estabelecer regras comuns para comércio de produtos industriais e agrícolas, investimentos e padrões regulatórios. Para sua aprovação no Conselho Europeu, o acordo necessita do apoio de no mínimo 15 dos 27 países do bloco, que representem 65% da população europeia.

A França mantém forte oposição ao acordo. O presidente Emmanuel Macron declarou: “Quero dizer aos nossos agricultores, que expressam a posição francesa desde o início, que consideramos que as contas não fecham e que este acordo não pode ser assinado”.

Em contrapartida, Alemanha e Espanha manifestam apoio ao tratado. O chanceler alemão Friedrich Merz defendeu que “Se a União Europeia quiser manter credibilidade na política comercial global, decisões precisam ser tomadas agora”. Estes países avaliam que o acordo pode ajudar a compensar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos e diminuir a dependência em relação à China.

A Itália apresenta posição indefinida, mas potencialmente favorável. A primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou: “O governo italiano está pronto para assinar o acordo assim que forem dadas as respostas necessárias aos agricultores, o que depende das decisões da Comissão Europeia e pode ser resolvido rapidamente”.

O Brasil mantém otimismo quanto à aprovação. O presidente Lula informou ter conversado com a premiê italiana, que mencionou enfrentar um “constrangimento político” devido à pressão de agricultores. Segundo Lula: “Se a gente tiver paciência de uma semana, de dez dias, de no máximo um mês, a Itália estará junto com o acordo”.

Durante as negociações em Bruxelas, milhares de agricultores europeus protestaram contra a política agrícola da UE e o acordo com o Mercosul. A manifestação reuniu centenas de tratores próximos às instituições europeias, com registros de confrontos com a polícia e danos a edifícios.

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