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Carta atribuída a Epstein liga Trump a “amor por garotas jovens”, diz jornal

Documento publicado pelo Wall Street Journal foi removido horas após divulgação.

Jeffrey Epstein, em carta manuscrita enviada a Larry Nassar, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “também compartilha nosso amor por garotas jovens e núbeis”.

A informação foi publicada pelo jornal “The Wall Street Journal” nesta terça-feira (23/12). O Departamento de Justiça americano contestou imediatamente o conteúdo, classificando as acusações contra o presidente como falsas.

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A correspondência faz parte de um lote com mais de 30 mil novos documentos relacionados ao caso Epstein divulgados pelo governo dos EUA. O material estava entre os arquivos liberados na segunda-feira (22/12), mas foi removido horas após sua publicação.

De acordo com o “The Wall Street Journal”, a carta teria sido escrita em 2019, mesmo ano em que Epstein foi encontrado morto em sua cela em Nova York, em caso considerado suicídio pelas autoridades.

Em comunicado oficial, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou que “alguns desses documentos contêm afirmações falsas e sensacionalistas feitas contra o presidente Trump que foram enviadas ao FBI pouco antes das eleições de 2020. Para deixar claro: essas alegações são infundadas e falsas e, se tivessem qualquer credibilidade, certamente já teriam sido usadas contra o presidente Trump”.

A carta foi destinada a Larry Nassar, ex-médico da equipe feminina de ginástica artística dos EUA. Nassar foi detido em 2016 e condenado a 140 anos de prisão após confessar o abuso de pelo menos 265 atletas durante seus 22 anos de carreira. Ele cumpre pena em uma penitenciária na Pensilvânia.

Epstein, que mantinha relações com políticos e celebridades, foi condenado por abusar de menores e operar uma rede de exploração sexual que vitimou mais de 250 meninas. Ele foi encontrado sem vida em sua cela em 2019.

A divulgação dos documentos ocorre em Washington e integra um processo mais amplo determinado pelo Congresso americano em novembro, quando foi aprovado um projeto de lei exigindo que o governo disponibilizasse as informações sobre a investigação. Trump posteriormente sancionou o texto.

Com esta nova remessa, o volume de páginas divulgadas sobre o caso Epstein ultrapassa 300 mil. Os arquivos incluem fotos, áudios, registros judiciais, documentos do FBI e centenas de vídeos, incluindo imagens de vigilância de agosto de 2019, quando o bilionário foi encontrado morto.

O vice-procurador-geral Todd Blanche afirmou à Fox News que o governo continuará liberando documentos. “Prevejo que divulgaremos mais documentos nas próximas semanas, então hoje algumas centenas de milhares e, nas próximas semanas, espero que mais algumas centenas de milhares”, disse Blanche.

O Departamento de Justiça informou que parte do material pode permanecer confidencial, especialmente se contiver investigações ordenadas por Trump sobre figuras democratas associadas a Epstein ou informações pessoais das vítimas. A lei permite ocultar dados pessoais das vítimas ou informações de investigações em andamento, mas proíbe censuras baseadas em “constrangimento, dano à reputação ou sensibilidade política”.

Menções ao Brasil

Na primeira remessa de documentos, divulgada na sexta-feira (19/12), foram identificadas duas menções ao Brasil. Em uma delas, Epstein recebeu um recado em janeiro de 2005 pedindo que ligasse para o novo telefone de uma mulher, com o assunto “Brasil”. Outro arquivo contém uma anotação manuscrita indicando que uma pessoa, cujo nome foi censurado, teria ido ao Brasil aos 18 anos e retornado aos Estados Unidos dois anos depois.

O caso ganhou novo destaque em 2025 com declarações contraditórias de Trump sobre a liberação dos arquivos. Em novembro, o Congresso dos EUA publicou mensagens sugerindo que Trump tinha conhecimento da conduta de Epstein.

Em um e-mail de 2018, o bilionário escreveu que o atual presidente “passou horas” em sua casa com uma das vítimas. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os arquivos mostram que o presidente “não fez nada de errado”. Trump classificou a polêmica envolvendo os e-mails como uma “armadilha” criada pela oposição.

Leia mais: Lula diz que tarifaço dos EUA virou detalhe e chama impacto no Brasil de “irrelevante”

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