O Chester e o Fiesta, estrelas alternativas da ceia de Natal, chamam atenção pelo tamanho avantajado. Apesar da aparência “fora do padrão”, eles são frangos comuns, criados a partir de um rigoroso processo de seleção genética para crescer mais e render melhor, especialmente no peito, principal corte valorizado nessa época.
Como o frango vira gigante sem virar outra espécie
Diferentemente do frango do dia a dia, o frango de Natal nasce com um destino certo: o abate. Ele não é usado para reprodução, o que obriga os criadores a reiniciarem todo o processo genético a cada ano. Ao longo de cerca de 12 meses, linhagens específicas são cruzadas para potencializar características como ganho de peso, eficiência alimentar e peito mais volumoso.
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O detalhe curioso é que apenas os machos entram nessa “elite natalina”. Eles crescem mais rápido e atingem maior peso, enquanto as fêmeas acabam destinadas ao mercado tradicional. No caso dos perus, a lógica é inversa: quem reina na ceia é a perua.
O Chester, por exemplo, tem foco total no peito grande. A seleção começa ainda nas gerações de bisavós, com quatro linhagens diferentes — conhecidas como A, B, C e D — cada uma responsável por um atributo específico. O cruzamento dessas linhas resulta no frango ABCD, que chega às prateleiras em dezembro.
No fim das contas, não tem hormônio, não tem mistério e muito menos “frango mutante”. O tamanho extra vem de genética, ciência e muito planejamento — tudo para garantir que, mesmo sem peru, a ceia não passe vergonha.
