A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu encerrar a greve dos trabalhadores do Sistema Petrobras após aceitar a quarta proposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela estatal. A paralisação, que durou 16 dias, terminou oficialmente nesta quarta-feira (31/12), conforme anunciado pela entidade sindical. Os petroleiros haviam iniciado o movimento grevista em 15 de dezembro.
A aceitação da proposta ocorreu na terça-feira, um dia antes do prazo de validade estabelecido pela empresa. O acordo foi fechado antes da audiência de conciliação que estava marcada para 6 de janeiro de 2026 no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando também poderia acontecer o julgamento do dissídio.
“A decisão ocorreu após o envio da 4ª proposta pela Petrobras –chamada proposta de ajuste– com prazo de validade expirando no mesmo dia, e antecedendo a audiência de conciliação do dissídio de greve no TST, agendado para 6ª feira (2.jan.2026) além de um possível julgamento que ocorreria no dia em 6 de janeiro”, informou a FNP em nota.
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Entre os avanços obtidos na negociação, a Federação destacou o abono de metade dos dias parados, com possibilidade de compensação da outra metade por meio de banco de horas. A Petrobras também se comprometeu a não punir ou transferir funcionários que participaram do movimento grevista.
A mobilização envolveu trabalhadores de diversas regiões do país, incluindo bases no Rio de Janeiro, Litoral Paulista, Amazônia e Alagoas/Sergipe. Além de questões salariais, os petroleiros manifestaram críticas à política da empresa, afirmando que a estatal prioriza os acionistas em detrimento dos trabalhadores.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) havia encerrado sua paralisação anteriormente, em 22 de dezembro, quando 13 dos 14 sindicatos filiados aprovaram a contraproposta da empresa. A FNP e a base do Norte Fluminense mantiveram a greve por mais tempo, encerrando-a apenas em 30 de dezembro.
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Os petroleiros do Norte Fluminense, apesar do retorno ao trabalho, decidiram manter o estado de greve e a assembleia permanente. Esta medida visa pressionar a empresa a cumprir os compromissos assumidos durante as negociações, mantendo a categoria mobilizada caso haja descumprimento das cartas-compromisso enviadas pela Petrobras.
