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Manifestantes iranianos tentam invadir edifício do governo durante protestos

Onda de manifestações contra desvalorização da moeda nacional já dura quatro dias

Manifestantes iranianos tentaram invadir um edifício governamental na província de Fars, sul do país, durante protestos contra a desvalorização da moeda nacional. O incidente ocorreu nesta quarta-feira (31/12), no quarto dia consecutivo de manifestações que se espalharam por várias regiões do Irã. Três policiais ficaram feridos e quatro pessoas foram detidas na cidade de Fasa, segundo informações divulgadas pelas autoridades locais.

As manifestações começaram no domingo em Teerã, quando comerciantes protestaram contra a nova queda do valor da moeda iraniana em relação ao dólar americano no mercado aberto. Os protestos rapidamente se expandiram para outras localidades, incluindo províncias ocidentais como o Lorestão.

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Na terça-feira, estudantes universitários já haviam se juntado às manifestações. Participantes entoaram palavras de ordem criticando os líderes religiosos do país, demonstrando insatisfação com a situação econômica.

Em resposta à crescente agitação social, as autoridades iranianas decretaram feriado bancário nesta quarta-feira. Além disso, determinaram o fechamento de escolas, universidades e instituições públicas em todo o território nacional. Oficialmente, a medida foi justificada como forma de economizar energia devido ao clima frio, mas muitos cidadãos interpretaram a decisão como estratégia para conter os protestos.

Vídeos verificados pela BBC mostram manifestantes tentando invadir o escritório do governador local em Fasa. Em Teerã, a capital iraniana, foi implementado forte esquema de segurança nas áreas onde as manifestações tiveram início.

O presidente Masoud Pezeshkian afirmou que seu governo ouvirá as “demandas legítimas” dos manifestantes. Por outro lado, o procurador-geral Mohammad Movahedi-Azad advertiu que qualquer tentativa de criar instabilidade enfrentará “resposta decisiva”.

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Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o número total de feridos ou detidos em todo o país, nem sobre a extensão dos danos materiais causados durante os protestos.

Esta onda de manifestações representa a mobilização popular mais ampla no Irã desde o levante de 2022, que foi desencadeado pela morte de Mahsa Amini sob custódia policial, após ser detida pela polícia da moralidade por supostamente não usar o véu adequadamente. Contudo, as manifestações atuais ainda não atingiram a mesma dimensão daquele movimento.

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