Uma coordenadora de restaurante agrediu fisicamente uma funcionária durante o horário de trabalho em um estabelecimento localizado em um shopping do Distrito Federal. O incidente ocorreu no domingo (07/12), após um desentendimento sobre problemas técnicos no sistema do caixa. A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada e encaminhou ambas para a 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul.
Durante depoimento à polícia, a gerente confirmou ter agredido Vilmara Pereira, que trabalhava como operadora de caixa no restaurante. A superiora hierárquica admitiu que o conflito começou por causa de uma falha no computador que poderia ser resolvida com a reinicialização do equipamento.
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A agressora justificou seu comportamento afirmando que havia orientado a funcionária sobre o procedimento diversas vezes. “Já ensinei 10 vezes”, disse a coordenadora, referindo-se à solução do problema técnico. Em outro momento do depoimento, ela reforçou que havia explicado o procedimento “dez vezes” à subordinada.
O desentendimento escalou, segundo a gerente, quando ela passou atrás da vítima para pegar um pano e ouviu Vilmara comentar que apenas ela recebia aquele tipo de tratamento porque a coordenadora “tinha medo de outra caixa“. Em resposta, a superiora afirmou que “não tinha medo de ninguém”.
Segundo relato da vítima, ela foi posteriormente chamada para uma conversa “de mulher para mulher” em uma sala reservada. Vilmara explicou que atendia uma fila de clientes e não conseguia resolver o problema técnico naquele momento, versão que não foi bem recebida pela gerente, que então partiu para a agressão física. Um vídeo registrou o momento em que a funcionária recebeu um golpe no rosto.
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A gerente reconheceu ter desferido um tapa no rosto da subordinada durante a discussão. Ela atribuiu seu comportamento ao “estresse da situação” e, ao final do depoimento, admitiu que “não deveria ter feito isso”. A coordenadora também confirmou que, durante a discussão inicial na área de atendimento, ordenou à funcionária que deveria “calar a boca e respeitar”, em tom elevado e na presença de clientes.
A Polícia Civil do DF, por meio da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), conduz as investigações sobre o caso de agressão no ambiente de trabalho.
