Começou nesta segunda-feira (01/11), no Armazém da Utopia, no centro do Rio de Janeiro, a 1ª Cúpula Popular do Brics, iniciativa que reúne representantes da sociedade civil de países emergentes para discutir a integração social e a cooperação internacional entre os 11 países do bloco.
Organizada pelo Conselho Civil Popular do Brics, criado em 2024 na cúpula de Kazan, na Rússia, a proposta da reunião é aproximar governos e movimentos sociais, fortalecendo o diálogo em torno de temas estratégicos como cooperação econômica, multipolaridade, desdolarização, governança global e desenvolvimento sustentável.
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O evento marca a última grande atividade sob a presidência brasileira do Brics, antes da Índia assumir o comando rotativo do grupo em 2026.
Em vídeo enviado à cerimônia de abertura, a ex-presidenta Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), celebrou o ineditismo do encontro. “Pela primeira vez, os povos dos países do Brics dispõem de um canal permanente de diálogo com os governos e as instâncias decisórias do agrupamento”, afirmou.
Para João Pedro Stedile, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Conselho Civil do Brics no Brasil, o encontro é uma oportunidade de consolidar um modelo permanente de participação popular no bloco. “Temas como defesa da natureza e moradia popular exigem mobilização da sociedade civil para avançar”, disse.
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Destaque agrícola e segurança alimentar
Os países do Brics detêm cerca de 70% da produção agrícola mundial e mais da metade da agricultura familiar do planeta, sendo responsáveis por 80% do valor da produção global de alimentos, segundo os organizadores. Por isso, questões relacionadas à segurança alimentar e à construção de sistemas sustentáveis e equitativos também fazem parte da pauta da cúpula.
