O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino é comemorado no dia 19 de Novembro, e foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, com o objetivo de reconhecer e valorizar o trabalho das mulheres que dão um passo em direção à liberdade de tempo e financeira, mesmo diante de desafios.
São histórias como a da professora Adriana Ferreira, que trabalhou 34 anos na rede municipal de São Paulo. Após receber um diagnóstico difícil de câncer de tireoide, ela ganhou de presente de uma amiga materiais para fazer crochê, para ajudar a passar o tempo, e descobriu não só uma habilidade, como uma oportunidade de negócio. Hoje, elas são sócias em uma empresa que cria peças de crochê.
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Adriana destaca como algumas das principais vantagens de empreender: A flexibilidade de tempo e o prazer de trabalhar com algo que, antes, era apenas um hobby.
“O que o empreendedorismo me trouxe foi o fato de conseguir trabalhar com o que eu gosto, nos horários em que eu posso, além de flexibilidade, pois tenho duas filhas e uma mãe de 87 anos, que eu cuido. Também me trouxe o prazer de trabalhar com artesanato e fazer trabalhos manuais, com a vantagem de poder usar meus melhores horários para poder criar e desenvolver o que, durante anos, era apenas uma atividade paralela, e agora é a principal“, diz.
Já a Flávia Galhardo migrou da área fiscal para o ramo alimentício. Ela conta que tem uma veia empreendedora desde criança, quando fazia suas próprias criações de arte, que eram vendidas pela avó, mas o talento aflorou ainda mais em 2016, quando abriu uma empresa com o marido.
Ela começou na área de confeitaria para eventos corporativos e festas infantis, mas resolveu se reinventar na pandemia, migrando para a área de delivery. Hoje, o casal tem uma loja que entrega sopas, massas e marmitas saudáveis congeladas, especialmente na cidade de Osasco, na Grande São Paulo.
Flávia destaca a liberdade de escolha como o que mais a motiva no empreendedorismo, mas ressalta que existem muitos desafios: “O que me move é a questão da liberdade de escolhas, porque não é uma vida mais fácil do que a de pessoas que trabalham para os outros. Nós não estamos 100% do tempo com os filhos, por exemplo, mesmo trabalhando em casa. Isso é ilusão. O peso é muito maior”.
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Mulheres são 34% dos empreendedores do país
De acordo com o Sebrae, o Brasil atingiu um recorde histórico no número de mulheres empreendedoras no ano passado: 10,4 milhões. Elas representam 34% do total de pessoas que resolveram abrir um negócio em todo o país em 2024.
No Estado de São Paulo, 33% dos empregos formais são fruto de negócios comandados por mulheres, o que reforça o impacto social e econômico do empreendedorismo feminino, que representa geração de renda, inclusão e oportunidades.
