A Polícia Federal indiciou o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida por denúncias de assédio e importunação sexual no inquérito que tramita sob sigilo e chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta (14/11). O relatório foi enviado ao ministro André Mendonça, que agora deve encaminhar o caso para análise da Procuradoria-Geral da República.
Acusações cresceram após saída do governo
Almeida foi demitido do governo Lula em setembro do ano passado, quando se tornaram públicas denúncias recebidas pela ONG Me Too Brasil. O ex-ministro nega todas as acusações, e sua defesa afirmou, após a abertura do inquérito, que não iria se manifestar.
As investigações também ouviram a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que procurou a ONG para denunciar episódios de importunação ocorridos, segundo ela, ao longo de 2023 e que teriam durado cerca de um ano.
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Reunião no governo teria tido episódio de importunação
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, em outubro do ano passado, Anielle afirmou que um dos episódios aconteceu em maio de 2023, durante uma reunião de trabalho. Segundo o relato, Almeida a tocou por debaixo da mesa na presença de autoridades, incluindo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
O ex-ministro publicou um vídeo em suas redes sociais dizendo que as denúncias são “mentirosas” e que irá provar sua inocência.
