O ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques foi detido nesta sexta-feira (26/12) no Paraguai em uma tentativa de fuga.
Ele foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador, após romper a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina.
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Participação na trama golpista
Silvinei Vasques foi diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Bolsonaro e, em dezembro deste ano, foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Para a segunda turma do STF, ele integrou o chamado “núcleo 2” da trama golpista e atuou para monitorar autoridades e impedir a votação de eleitores no Nordeste, por meio de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno.
Além da pena de prisão, o STF também determinou a perda do cargo público, 120 dias-multa no valor de um salário mínimo.
Natural de Ivaiporã, no Paraná, ele entrou na PRF em 1995 e construiu carreira de 27 anos na corporação, chegando ao posto máximo da instituição durante o governo Bolsonaro. Em dezembro de 2022, após o período eleitoral, Vasques se aposentou voluntariamente com salário integral.
Em seguida, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na região metropolitana de Florianópolis. No entanto, pediu exoneração do cargo em dezembro de 2025, após as condenações judiciais relacionadas à trama golpista.
Condenação por improbidade administrativa
Em agosto deste ano, Silvinei também foi condenado por “improbidade administrativa”, por usar a estrutura da PRF para fins eleitorais em 2022.
De acordo com a decisão, ele utilizou sua posição como diretor, por meio de entrevistas, publicações em redes socias e atos públicos oficiais, para promover Jair Bolsonaro na candidatura à reeleição em 2022.
Entre as condutas apontadas estão publicações em redes sociais com farda e símbolos da PRF, participação em eventos oficiais com pedidos explícitos de voto e a entrega de uma camisa com o número “22” ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, às vésperas do segundo turno.
Ele foi determinado a pagar uma multa correspondente a 24 vezes seu antigo salário, estipulada em R$ 546.631,92 pelo Ministério Público Federal.
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