A atriz Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galpão, morreu nesta quinta-feira (25/12), aos 84 anos, em Belo Horizonte. Internada desde o dia 14, a artista teve a morte confirmada por complicações de uma septicemia com falência múltipla dos órgãos, encerrando uma trajetória que atravessou décadas e ajudou a redefinir o teatro brasileiro.
Uma vida inteira dedicada ao palco
Ícone absoluto do teatro, Teuda esteve presente na maioria dos espetáculos do Galpão e seguiu atuando até os últimos dias. Ela se preparava para apresentações da peça “Doida”, no Sesc Palladium, quando precisou ser internada, interrompendo uma temporada que celebrava dez anos do espetáculo.
Nascida em Belo Horizonte, em 1941, Teuda nunca passou por cursos formais de teatro. Ainda assim, construiu uma carreira respeitada a partir da vivência artística, da rua e do palco, tornando-se referência pela entrega, intensidade e autenticidade em cena.
Além do teatro, Teuda também deixou sua marca na TV, com participações em produções como “Meu Pedacinho de Chão” (2014) e “A Vila” (2017), e no cinema, em filmes como “O Palhaço”, de Selton Mello, e “As Duas Irenes”, exibido no Festival de Berlim.
A atriz também teve passagem internacional, integrando o elenco do espetáculo “K.Á.”, do Cirque du Soleil, a convite do diretor Robert Lepage. De volta ao Brasil, retomou os palcos com força total ao lado do Galpão, reafirmando seu papel como símbolo da cultura mineira e nacional.
O velório de Teuda Bara acontece nesta sexta-feira (26/12), pela manhã, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O teatro brasileiro se despede de uma artista que viveu a arte até o último ato.
