João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil envolvendo adolescentes. A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) concluiu o inquérito nesta terça-feira (09/12). O youtuber de 45 anos permanece detido em Santo André, na Grande São Paulo.
A investigação teve início a partir da denúncia de uma adolescente de 13 anos. Familiares da vítima apresentaram às autoridades conversas e vídeos comprometedores em que o acusado supostamente aparecia exibindo partes íntimas.
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O contato entre a menor e o influenciador digital começou aproximadamente há dois anos. Durante esse período, foram identificados pelo menos quatro episódios de assédio, com registros de recusas da adolescente às investidas do acusado.
De acordo com a análise policial, os crimes atribuídos a Hunter podem resultar em pena acumulada superior a 15 anos de reclusão. O relatório da Dcav também solicita a conversão da prisão temporária em preventiva.
O youtuber, que acumulava mais de um milhão de seguidores nas plataformas digitais, publicava conteúdos relacionados a personagens infantis e jogos online, com foco especial no universo Pokémon.
As autoridades prosseguem com apurações em outros estados brasileiros, onde há suspeitas da existência de outras vítimas. As polícias estaduais estão trabalhando de forma coordenada, cada uma conduzindo investigações em suas respectivas jurisdições.
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A Polícia Civil caracterizou João Paulo Manoel como “abusador com elevado grau de periculosidade“. Por envolver menores de idade, o caso tramita em sigilo de Justiça.
Hunter foi preso em outubro durante operação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e São Paulo. Na ocasião, seu então advogado, Rafael Feltrin, afirmou que as acusações eram inverídicas e seriam esclarecidas no momento apropriado.
