Uma pesquisa divulgada pelo jornal Valor Econômico indicou que ações e fundos de investimento foram os produtos mais procurados ao longo deste ano. A partir desse dado, é possível contextualizar o comportamento dos investidores antes de avançar para os principais produtos que devem ser observados ao longo de 2026. O ponto inicial está justamente nesses instrumentos que concentraram a maior parte da demanda.
As ações tiveram papel relevante nesse movimento. A Bolsa de Valores brasileira apresentou uma oportunidade considerada excelente, com um crescimento relativamente recorde. Apesar de quedas registradas nos últimos dias do período analisado, o desempenho acumulado ao longo do ano gerou ganhos muito positivos. Esse cenário foi visto como controverso por quem estuda economia e por analistas de mercado, uma vez que, historicamente, períodos de taxa de juros elevada costumam direcionar investidores para a renda fixa.
Taxas de juros altas normalmente indicam menor crescimento econômico em um país, como ocorre no Brasil, além de um ambiente de inflação elevada. Diante desse contexto, o comportamento mais comum é a busca por segurança, já que a instabilidade e a imprevisibilidade aumentam. Ainda assim, houve um volume expressivo de negociações na Bolsa, contrariando essa lógica tradicional.
Dentro desse cenário, foi mencionado também um efeito positivo relacionado ao chamado tarifaço do governo Trump. Esse movimento acabou abrindo espaço para novas parcerias comerciais, o que contribuiu para alavancar determinadas empresas listadas em Bolsa. Esse conjunto de fatores ajudou a sustentar o desempenho do mercado acionário brasileiro ao longo do ano.
Além das ações, os fundos de investimento se consolidaram como uma das formas mais tranquilas e fáceis de investir. Dentro dessa categoria, existem os ETFs, que são fundos negociados diretamente na Bolsa de Valores, e os fundos de investimento tradicionais. No caso destes últimos, há uma empresa responsável por selecionar estratégias diversas, envolvendo ações, renda fixa e renda variável. Esse trabalho é realizado de forma contínua, ao longo do dia, reunindo essas estratégias em um único produto entregue ao investidor.
Ao investir em um fundo, o investidor precisa aplicar recursos apenas naquele produto, sem a necessidade de escolher individualmente cada ativo. No entanto, é fundamental observar as taxas envolvidas, especialmente a taxa de administração. Geralmente, há um percentual cobrado ao ano, que impacta diretamente a rentabilidade, reduzindo o ganho final. Existem fundos que são bons para quem os vende, mas não necessariamente para quem investe, quando se analisa o retorno obtido.
Esse cuidado se torna ainda mais importante ao olhar para 2026. Com a manutenção de uma taxa de juros elevada, a renda fixa segue como alternativa relevante, com destaque para o CDB, frequentemente citado como opção interessante. Ao mesmo tempo, observar a Bolsa de Valores americana e o comportamento do dólar também é considerado relevante, especialmente porque a taxa de juros nos Estados Unidos está em trajetória de queda.
Outro ponto de atenção são os ETFs negociados na Bolsa brasileira. Eles representam uma forma simples de investir, sem a necessidade de selecionar um investimento específico. Para investidores iniciantes, esses instrumentos, juntamente com renda fixa e exposição internacional, aparecem como os principais caminhos.
Por fim, é mencionada a possibilidade de destinar uma pequena parcela do portfólio, algo em torno de 5%, para criptomoedas com foco no longo prazo. Essa alocação é tratada como residual dentro da estratégia, complementando os investimentos principais e compondo um portfólio diversificado para os próximos anos.
