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Bruna Allemann
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Jornalista especializada em economia e finanças, Bruna Allemann descomplica o mercado financeiro e orienta sobre as melhores práticas de economia pessoal, investimentos e planejamento financeiro.

Bitcoin, ouro digital e privacidade: balanço das criptomoedas ao longo de 2025 no mercado

O debate sobre a validade de investir em Bitcoin e em outras criptomoedas ao longo de 2025 passa, necessariamente, pela distinção entre diferentes tipos de ativos digitais e pelas dinâmicas que marcaram o mercado no período. Ao longo do ano, houve resultados positivos em algumas criptomoedas, enquanto outras não apresentaram o mesmo desempenho. Esse contraste reforça a necessidade de diferenciar projetos consolidados, moedas com teses bem definidas e criptoativos que surgem sem uma base tecnológica clara.

No caso específico do Bitcoin, o ano foi marcado por dois movimentos distintos. Durante metade do período, o comportamento foi relativamente positivo, enquanto na outra metade houve uma queda significativa. Esse cenário evidencia a volatilidade característica do ativo e reforça a importância de compreender o seu funcionamento antes de tomar decisões de investimento. Além do Bitcoin, a análise também envolve o Ethereum e outras moedas que se diferenciam de projetos menores ou menos estruturados.

Há criptomoedas que se valorizam em um curto espaço de tempo e, posteriormente, podem perder relevância ou até deixar de existir. Isso ocorre, segundo a análise apresentada, porque alguns desses ativos não possuem uma tese clara que sustente sua existência no longo prazo. De forma geral, uma criptomoeda costuma estar associada a uma proposta tecnológica específica, que explica seu papel dentro de um modelo descentralizado. Entre os exemplos mais conhecidos estão o próprio Bitcoin e a Solana, que possuem teses voltadas para horizontes mais longos.

Apesar de essas moedas mais consolidadas serem frequentemente associadas a estratégias de longo prazo, 2025 foi um ano considerado especialmente favorável para outras criptomoedas em desenvolvimento. Esse movimento envolveu tanto projetos ligados a tecnologias que ainda devem ser observadas ao longo do tempo quanto ativos classificados como memecoins. Dentro desse contexto, foram citadas algumas alternativas que podem ser estudadas, além de iniciativas recorrentes de investimento de baixo valor, como desafios semanais com aportes reduzidos.

Entre os criptoativos destacados, aparece a PEX Gold, que ocupa uma posição de destaque por sua proposta de manter paridade com o preço do ouro. Trata-se de um ativo negociado de forma semelhante a uma stablecoin, com lastro em ouro, oferecendo uma alternativa digital ao investimento direto no metal. Em um ano em que o ouro apresentou crescimento relevante, esse criptoativo acumulou uma valorização próxima de 60%. A continuidade de fatores relacionados a questões geopolíticas, além do cenário econômico e político global, pode influenciar o desempenho do ouro nos próximos períodos.

Outra criptomoeda mencionada foi a Monero (XMR), baseada em tecnologia de blockchain com foco em privacidade, amplamente utilizada em determinados websites. Também foi citada a OKB, vinculada a uma corretora de criptoativos, além da memecoin Official Trump, que apresentou crescimento de 260% ao longo do ano. Soma-se a esse grupo a Zcash (ZEC), criptomoeda voltada à tecnologia de privacidade de dados, que registrou valorização próxima de 500% no período analisado.

Ao observar o conjunto desses ativos, nota-se que grande parte das criptomoedas com crescimento expressivo em 2025 está relacionada a tecnologias voltadas à privacidade de dados, ao avanço tecnológico de forma mais ampla e, em alguns casos, a aplicações associadas à inteligência artificial. Esse movimento indica uma concentração de interesse em soluções tecnológicas específicas dentro do ecossistema cripto.

Apesar dos resultados observados, permanece o alerta em relação à alocação de recursos. A recomendação apresentada é de cautela, especialmente para investidores iniciantes. A orientação é limitar o investimento em criptomoedas a uma parcela reduzida do patrimônio total, em torno de 5%, considerando o alto grau de volatilidade desses ativos. Também é reforçada a importância de não focar exclusivamente em ganhos de curtíssimo prazo, mantendo atenção aos riscos inerentes ao mercado de criptomoedas.