Pensando já em 2026, um ano que será importante em termos eleitorais em várias partes do mundo, algumas disputas merecem atenção especial. Não se trata de listar todas as eleições que acontecerão ao longo do ano, mas de destacar aquelas consideradas grandes e com potencial de impacto regional ou internacional.
A primeira grande eleição de 2026 acontece em fevereiro, em Bangladesh. À primeira vista, pode parecer um processo distante da realidade brasileira, envolvendo um país geograficamente longe e com dinâmicas próprias. Ainda assim, trata-se de uma eleição relevante por testar o tamanho da influência chinesa em um país muito populoso e estrategicamente importante. O resultado poderá indicar como essa influência se manifesta em um processo eleitoral de grande porte, em um contexto asiático marcado por disputas de poder e interesses externos.
A segunda eleição destacada ocorre em um cenário mais próximo do Brasil: a Colômbia. O país passará por um teste significativo, uma vez que o presidente Gustavo Petro não poderá se apresentar como candidato. A sucessão abre espaço para um debate intenso sobre os rumos políticos colombianos e sobre como o país enfrentará esse processo eleitoral. Esse debate se insere em um contexto regional marcado pela pressão norte-americana sobre a América Latina. Uma notícia recente ilustra esse ambiente: Petro afirmou que determinado ataque ocorreu na Venezuela, mas que existe uma ligação direta com a Colômbia. Esse tipo de episódio tende a influenciar o clima político e a forma como a eleição será acompanhada, despertando interesse além das fronteiras colombianas.
Outra eleição de destaque em 2026 acontece na Suécia. Novamente, pode surgir a pergunta sobre a relevância de um país nórdico, distante e com um nível de desenvolvimento econômico diferente do brasileiro. Ainda assim, a eleição sueca é vista como um campo de testes para a extrema-direita europeia. O processo eleitoral poderá indicar se essa força política se transforma em um poder incontornável no continente ou se representa apenas um movimento pontual observado nos últimos anos. O resultado tende a ser observado atentamente por outros países europeus, dada a importância simbólica e política do caso sueco.
Ainda no contexto europeu, a Hungria também terá eleições relevantes. Viktor Orbán, após 15 anos no poder, volta a se apresentar para se manter como primeiro-ministro. Ao mesmo tempo, a oposição tenta se organizar para impedir que, mais uma vez, o líder da extrema-direita vença o pleito. O embate entre permanência e alternância no poder coloca a Hungria no centro das atenções, especialmente pelo histórico recente do governo e pelo papel do país dentro da União Europeia.
Além dessas disputas, outras três eleições importantes estão previstas para o segundo semestre de 2026. Uma delas ocorre em Israel, onde Benjamin Netanyahu colocará sua vida política em jogo. O resultado poderá redefinir o cenário interno israelense em um momento de grande tensão política e institucional.
Outra eleição de grande relevância será a do Brasil. Sem dúvida, trata-se de uma das principais eleições do mundo em 2026, tanto pelo peso demográfico quanto pela importância política e econômica do país no cenário internacional. O processo eleitoral brasileiro tende a atrair atenção global, influenciando análises sobre democracia, governabilidade e alinhamentos regionais.
Por fim, em novembro, acontece a eleição legislativa nos Estados Unidos. Esse pleito será determinante para definir se o governo Trump continuará como está ou se passará por uma mudança de forma considerada radical. O resultado terá impacto direto na política interna norte-americana e também nas relações internacionais, dado o papel dos Estados Unidos no sistema global.
Essas eleições, distribuídas ao longo de 2026, compõem um panorama diverso e interligado. Cada uma, à sua maneira, contribui para definir rumos políticos regionais e globais, justificando a atenção dedicada a esses processos ao longo do próximo ciclo eleitoral.
