Na última semana da COP30 no Brasil, os próximos dias marcam um ponto crítico na agenda climática global. No final de semana, será publicado a versão final do documento que vem sendo discutido ao longo das duas semanas.
Embora o foco oficial seja a implementação de compromissos existentes em vez da definição de novos acordos, o cenário é de urgência. Dados recentes da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicam que o mundo está mal posicionado para cumprir a meta de limitar o aquecimento a 1,5 °C.
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As negociações ganharam destaque sobre três eixos principais:
- Um roteiro para eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, apoiado por mais de 80 países, exigindo que a transição energética seja acelerada.
- O tema do financiamento climático, onde os países em desenvolvimento pressionam por liberação de recursos, maior previsibilidade e reconhecimento de “dívida climática”.
- A ênfase brasileira em colocar as florestas tropicais, especialmente a Amazônia, no centro da COP30, como solução climática global combinando conservação, clima e desenvolvimento.
Contudo, impedimentos importantes persistem: a retórica de eliminação dos fósseis enfrenta resistência de grandes emissores e exploradores de petróleo, como a Arábia Saudita.
Em resumo, a COP30 se tornou uma corrida contra o tempo: o mundo se aproxima de uma janela cada vez menor para evitar os piores impactos climáticos, e o sucesso da conferência dependerá mais de como transformar metas em ações concretas, verificáveis e financiadas, do que de meras declarações.
