Lula saiu sorrindo da agenda na COP30 (19/11). Visivelmente animado, o presidente disse que “um dia ainda vai convencer Donald Trump” de que a crise climática é real e que o desenvolvimento verde não é opcional. Ao lado de Marina Silva e do presidente da conferência, André Corrêa do Lago, ele defendeu que mudanças globais só vêm “pelo convencimento”, não pela imposição.
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Alemanha injeta bilhões e ativistas levam caixões às ruas
A ministra Marina Silva anunciou que a Alemanha vai colocar 1 bilhão de euros no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, num gesto visto como recado direto em meio às negociações. Do lado de fora, manifestantes carregaram caixões rotulados “petróleo”, “carvão” e “gás” pelas ruas de Belém, transformando a cidade em um símbolo visual da disputa climática.
Mais de 80 países exigem que a COP30 apresente um plano concreto para aposentar combustíveis fósseis, pressionando inclusive produtores de petróleo. É um movimento histórico, mas que enfrenta resistência intensa e acordos que precisam de unanimidade entre os 195 países presentes.
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Avanço da IA e demanda por energia viram desafio extra
Além do impasse político, a transição energética encara problemas práticos. A demanda por eletricidade deve disparar com o avanço da inteligência artificial e o crescimento populacional, o que torna ainda mais complexa a missão de reduzir a dependência de petróleo e gás de forma rápida e global.
Lula aposta no diálogo e mira até quem não apareceu
Trump, que voltou a retirar os EUA do Acordo de Paris, sequer compareceu à cúpula. Mesmo assim, Lula reforçou que aposta no diálogo para “construir juntos” soluções para o planeta. No clima tenso da COP30, o presidente tenta usar otimismo como ferramenta política — e diplomática — num encontro marcado por cobranças, promessas bilionárias e muita pressão internacional.
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