O dólar e o Ibovespa (principal indicador da Bolsa de São Paulo, a B3) encerraram 2025 com os melhores desempenhos anuais desde 2016. No fechamento desta terça-feira (30), a moeda americana teve forte queda de 1,47% e foi cotada a R$ 5,48, enquanto o indicador B3 alcançou os 161.125,37 pontos, alta de 0,4%.
Os resultados de hoje consolidam o ano positivo para o mercado financeiro no Brasil, marcado por ganhos expressivos, seja com a desvalorização do dólar, seja com recordes do Ibovespa.
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Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, considerando o “dólar Ptax“, calculado pelo Banco Central (BC), que fechou a R$ 5,50, a moeda americana recuou 11,14% em 2025 em relação à divisa brasileira. Em 2016, essa queda havia sido de 16,54%.
Já o Ibovespa acumulou valorização de 33,43% em 2025, conforme dados da mesma consultoria. Este resultado só foi superado pelo avanço de 38,94% registrado em 2016.
Menor taxa de desemprego
Os números de hoje foram influenciados, principalmente, pela divulgação de indicadores econômicos importantes, como a taxa de desemprego. No trimestre encerrado em novembro, o índice fechou em 5,2%, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicaram a criação de 85,9 mil vagas formais em novembro, resultado da diferença entre 1,98 milhões de contratações e 1,89 milhões de demissões.
Trabalhos formais
O número do Caged representa uma queda de 19% em comparação com novembro de 2024, quando foram gerados cerca de 106,1 mil postos de trabalho com carteira assinada.
O resultado de novembro foi o pior para o mês em toda a série do Novo Caged, iniciada em 2020. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu o desaquecimento do mercado formal de trabalho nos últimos meses ao impacto da taxa básica de juros elevada.
A força do mercado de trabalho é apontada pelo BC como um dos fatores que justifica a manutenção dos juros em 15% ao ano, o maior nível desde 2006.
Ata do Fed
Os investidores também analisaram a ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), realizada em 10 de dezembro, que revelou divisão entre os integrantes sobre a decisão de reduzir os juros americanos.
