O governo americano retirou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a esposa dele, Viviane Barci, lista de sancionados da Lei Magnitsky. A medida busca asfixiar os alvos financeiramente, como punição por práticas contra os direitos humanos.
O magistrado está na mira das punições de Donald Trump desde 30 de julho, consequência da condução dele no processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Segundo informações da Reuters, as sanções contra o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, controlado por Viviane e outros integrantes da família, também foram removidas.
Contexto das sanções
A ala mais ideológica da gestão de Donald Trump vê Moraes como um violador dos direitos humanos, influenciada por brasileiros que estão nos EUA, como o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo. O ministro é o relator dos processos envolvendo o 8 de Janeiro e das ações penais contra Bolsonaro, generais e ex-integrantes do governo anterior, todos condenados no processo da trama golpista.
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Para sancionar Moraes, a Casa Branca também justificou abuso de autoridade do ministro sobre decisões que miravam big techs americanas, a exemplo da queda de braço com o X e Rumble, ocaisão em que as plataformas foram obrigadas a bloquearem perfis e a repassarem informações de investigados.
Conversa entre Lula e Moraes
O possível fim das sanções contra Moraes ocorrem após conversas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Trump. No dia 2 de dezembro, ambos se falaram por telefone. Em seguida, o líder americano elogiou o brasileiro e destacou que ambos conversaram sobre comércio e sanções.
