A justiça manteve a prisão domiciliar de oito dos dez condenados por tentativa de golpe de Estado neste sábado (27/12), após a realização de audiências de custódias.
As audiências foram conduzidas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Na manhã deste sábado, Moraes decretou a prisão domiciliar dos dez condenados para evitar novas fugas. A decisão foi feita depois que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques foi detido após uma tentativa de fuga no Paraguai com passaporte falso. Silvinei já foi transferido para o Distrito Federal, onde permanece sob custódia.
Os condenados que agora deverão cumprir prisão domiciliar são:
- Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército;
- Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
- Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;
- Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
A PF realizou operações no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal para cumprir os mandatos de prisão domiciliar.
Dois dos dez alvos das ordens de prisão domiciliar não foram localizados e não passaram pela audiência de custódia. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, não foi encontrado no endereço informado à Justiça e é considerado foragido.
O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, também não foi cumprido. Ele viajou para a Bahia, mas se comprometeu a retornar para Goiânia e iniciar o cumprimento da medida.
Os demais oito condenados já passaram pela audiência de custódia e terão que cumprir prisão domiciliar. Além disso, eles também terão que usar tornozeleira eletrônica, entregar passaportes, e não poderão usar redes sociais, entrar em contato com outros investigados ou receber visitas.
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