O Banco Central do Brasil decretou nesta terça-feira (18/11) a liquidação extrajudicial do Banco Master, suspendendo efetivamente as operações da instituição financeira enquanto o órgão regulador nomeia um liquidante para avaliar os créditos dos credores e vender os ativos do banco.
A decisão foi tomada poucas horas depois que um consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor e investidores não identificados dos Emirados Árabes Unidos anunciou que havia concordado em comprar a instituição financeira.
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O Master não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Em setembro, o Banco Central já havia bloqueado a aquisição planejada do Master pelo banco estatal BRB BSLI3.SA, após meses avaliando se o BRB tinha capacidade suficiente para sustentar a nova estrutura de capital.
O Master registrou um rápido crescimento nos últimos anos com uma estratégia agressiva de financiamento baseada em dívidas de alto rendimento vendidas por meio de plataformas de investimento.
Esses títulos foram comercializados como sendo cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante até R$ 250.000 por investidor em caso de falência do banco.
Enfrentando pressões de liquidez, o Master precisava de capital novo para cumprir os vencimentos futuros desses instrumentos.
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Com a instituição financeira agora em liquidação, um administrador nomeado pelo Banco Central assumirá a gestão e elaborará uma lista detalhada dos detentores de dívidas do banco. Assim que esse processo for concluído, o FGC reembolsará os investidores até o limite segurado.
Por Reuters
