A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram nesta terça-feira (09/12) que os preços dos alimentos da cesta básica diminuíram em 24 capitais brasileiras durante novembro, em comparação com outubro. O levantamento, realizado em todas as capitais do país, mostra São Paulo com o valor mais alto (R$ 842,26) e Aracaju com o mais baixo (R$ 538,10).
Macapá registrou a maior redução percentual (-5,28%), seguida por Porto Alegre (-4,10%), Maceió (-3,51%), Natal (-3,40%) e Palmas (-3,28%). Apenas três capitais apresentaram elevação nos preços: Rio Branco (0,77%), Campo Grande (0,29%) e Belém (0,28%).
Após São Paulo, as capitais com cestas básicas mais caras são Florianópolis (R$ 800,68), Cuiabá (R$ 789,98), Porto Alegre (R$ 789,77) e Rio de Janeiro (R$ 783,96). No outro extremo, além de Aracaju, os menores valores foram encontrados em Maceió (R$ 571,47), Natal (R$ 591,38), João Pessoa (R$ 597,66) e Salvador (R$ 598,19).
Na capital paulista, um trabalhador precisa comprometer 59,91% do salário mínimo líquido para adquirir os produtos essenciais, exigindo 121 horas e 55 minutos de trabalho. Em Aracaju, esse percentual cai para 38,32%, correspondendo a 77 horas e 59 minutos de trabalho.
O arroz agulhinha ficou 10,27% mais barato em Brasília. O tomate teve redução em 26 capitais, com queda de até 27,39% em Porto Alegre. Os preços do açúcar e do leite integral diminuíram em 24 capitais, com variações entre -7,27% em Porto Alegre e -0,28% em Rio Branco.
O café em pó também apresentou redução em 20 cidades brasileiras. As quedas mais expressivas ocorreram em São Luís (-5,09%), Campo Grande (-3,39%) e Belo Horizonte (-3,12%).
De acordo com o governo, a boa produtividade das lavouras brasileiras, o lento processo de negociação das tarifas americanas e os altos preços praticados anteriormente nos supermercados contribuíram para essa redução nos valores.
“O Brasil está colhendo esse ano a maior safra agrícola da nossa história, com o consumidor indo ao supermercado com um produto mais barato de excelente qualidade”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota divulgada pelo governo.
