O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de R$ 14,4 bilhões em novembro de 2025. O Banco Central (BC) divulgou os dados nesta terça-feira (30/12), revelando uma deterioração em comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o rombo foi de R$ 6,6 bilhões.
O déficit primário ocorre quando as despesas governamentais superam as receitas obtidas com tributos e impostos, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. O resultado fiscal abrange os números do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.
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O déficit de novembro foi composto por um saldo negativo de R$ 16,9 bilhões do governo federal, parcialmente compensado pelo superávit de R$ 5,3 bilhões de estados e municípios.
Já as empresas estatais contribuíram com um resultado negativo de R$ 2,9 bilhões no mês. Segundo o BC, esses números refletem a atual dinâmica fiscal do país, com pressões persistentes sobre as contas federais.
Saldo acumulado
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o BC aponta que o setor público consolidado acumula déficit primário de R$ 61,3 bilhões. Deste total, as estatais respondem por R$ 10,3 bilhões do resultado negativo no período.
Os números de 2025 apresentam melhora em comparação aos anos anteriores. No mesmo período de 2024, o déficit foi de R$ 63,3 bilhões, enquanto, em 2023, o saldo negativo alcançou R$ 119,5 bilhões, entre janeiro e novembro.
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O déficit das estatais no acumulado do ano tem como principal componente o resultado negativo de R$ 6,3 bilhões das empresas federais. As estatais estaduais registraram déficit de R$ 3,7 bilhões, enquanto as municipais apresentaram saldo negativo de R$ 365 milhões.
Dívida chega a R$ 10 trilhões
Em relação ao endividamento público, o BC informou que a dívida do setor público consolidado aumentou 0,6 ponto percentual em novembro, atingindo 79,0% do PIB, o equivalente a R$ 10 trilhões. No acumulado de 2025, a dívida pública brasileira cresceu 2,8 pontos percentuais em relação ao PIB.
