O dólar fechou em queda nesta terça-feira (23/12), cotado a R$ 5,53, enquanto o Ibovespa avançou e voltou ao patamar dos 160 mil pontos. Mesmo com a semana encurtada pelo feriado de Natal, dados econômicos relevantes no Brasil e nos Estados Unidos ajudaram a melhorar o humor dos investidores e aumentaram o apetite por risco.
Inflação comportada no Brasil ajuda a derrubar o dólar
No cenário doméstico, a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, subiu 0,25% em dezembro e acumulou alta de 4,41% em 12 meses. O número veio levemente abaixo das projeções do mercado e permaneceu dentro do teto da meta do Banco Central, o que foi lido como sinal positivo para os juros e para o câmbio.
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Com isso, o dólar recuou 0,95% no dia. No acumulado do ano, a moeda americana já registra queda de mais de 10%, refletindo a combinação de inflação sob controle e desempenho mais firme da bolsa brasileira.
PIB forte nos EUA e ouro em recorde mexem com o mercado
No exterior, o destaque ficou para o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que cresceu a uma taxa anualizada de 4,3% no terceiro trimestre, acima das expectativas. Apesar de indicar força da economia, os dados também reforçaram apostas de que o Federal Reserve pode adotar uma postura mais cautelosa nos próximos meses.
Outro movimento que chamou atenção foi o ouro, que superou a marca de US$ 4.500 por onça. A valorização do metal reflete a busca por proteção, expectativa de cortes de juros nos EUA e um processo gradual de desdolarização observado em vários países.
Bolsa sobe, mas feriado reduz liquidez
Na bolsa brasileira, o Ibovespa avançou 1,46% e fechou aos 160.456 pontos, impulsionado por ações ligadas a commodities e ao setor financeiro. No acumulado de 2025, o índice já sobe mais de 33%, consolidando um dos melhores desempenhos recentes.
Ainda assim, o mercado entra em ritmo mais lento nos próximos dias. Não haverá pregão nos dias (24/12) e (25/12), o que tende a reduzir a liquidez e aumentar a volatilidade pontual dos ativos.
