Brigitte Bardot morreu neste domingo (28/12), aos 91 anos, na França. Ícone absoluto do cinema europeu, ela se tornou um fenômeno mundial a partir dos anos 1950 e redefiniu padrões de comportamento, imagem e fama feminina em plena era conservadora do pós-guerra.
Do estrelato global ao adeus precoce às telas
O mundo conheceu Bardot em 1956, quando protagonizou E Deus Criou a Mulher. O filme a transformou em símbolo internacional de sensualidade e liberdade, projetando seu nome muito além do cinema francês. Nos anos seguintes, ela estrelou cerca de 50 filmes e se consolidou como uma das artistas mais fotografadas do planeta.
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Nos anos 1960, reforçou o prestígio artístico com clássicos como A Verdade (1960) e O Desprezo (1963). Além disso, transitou pela música e pela moda, ajudando a construir uma estética que influenciou gerações. Ainda assim, no auge da fama, tomou uma decisão radical.
Aos 39 anos, em 1973, Bardot abandonou definitivamente o cinema. Cansada da exposição extrema, virou as costas para os holofotes e escolheu uma vida reclusa em Saint-Tropez, onde passou a se dedicar integralmente à defesa dos animais.
Militância, Brasil e uma marca eterna
A criação da Fundação Brigitte Bardot transformou a atriz em uma das vozes mais ativas do ativismo animal no mundo. Ela liderou campanhas contra maus-tratos, caça e exploração animal, tornando a causa seu principal legado público nas últimas décadas.
O Brasil também entrou para sua história. Em 1964, Bardot se refugiou em Armação dos Búzios, então um vilarejo de pescadores. A passagem mudou o destino da cidade, que ganhou projeção internacional e hoje homenageia a atriz com a Orla Bardot.
Polêmicas e últimos anos longe da mídia
Apesar do prestígio cultural, Bardot também acumulou polêmicas, sobretudo por declarações controversas e aproximações políticas que dividiram opiniões. Ainda assim, manteve-se fiel à decisão de viver longe da mídia, cercada por animais e longe da vida digital.
A morte da atriz foi confirmada pela fundação que leva seu nome. As causas não foram divulgadas. Com sua partida, o cinema perde um de seus rostos mais emblemáticos — e a cultura pop, uma de suas figuras mais indomáveis.
