O Ministério Público de São Paulo denunciou Duilio Monteiro Alves, ex-presidente do Corinthians, por crime de apropriação indébita devido ao uso de cartões corporativos do clube para despesas pessoais. A acusação foi formalizada na segunda-feira (15/12) pelo promotor Cássio Conserino e questiona gastos realizados durante a gestão de Duilio entre 2021 e 2023. O caso tramita na Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
A denúncia aponta que o ex-dirigente utilizou recursos do clube paulista em estabelecimentos sem relação com atividades institucionais, como freeshops, restaurantes, hotéis, salão de cabeleireiro, loja náutica e sites de venda de roupas.
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O processo contra Duilio segue linha semelhante à apresentada anteriormente contra outro ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. O ex-gerente financeiro Roberto Gavioli também foi incluído na mesma ação judicial.
De acordo com cálculos do MP, os gastos pessoais custeados pelo clube somam R$ 41.822,62, valor já atualizado pela inflação. A promotoria solicita a devolução dessa quantia e o pagamento adicional de R$ 31.366,96 como indenização por danos materiais ao Corinthians.
O promotor Conserino pediu à Justiça a aplicação de diversas medidas cautelares contra o ex-presidente. Entre elas estão a proibição de acesso às dependências do clube, proibição de contato com testemunhas e dirigentes, suspensão do exercício de funções associativas e representação institucional, proibição de deixar o país sem autorização judicial, proibição de viajar dentro do país por mais de 5 dias sem autorização e monitoramento eletrônico.
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Em nota oficial, a defesa de Duilio contestou as acusações. “A defesa do ex-presidente do Sport Club Corinthians Paulista Duilio Monteiro Alves esclarece que tomou conhecimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público no âmbito da investigação sobre uso de cartões corporativos do clube”, afirma o comunicado.
“As despesas citadas estiveram diretamente vinculada às atividades da Presidência do clube, envolvendo compromissos oficiais, deslocamentos e agendas institucionais. Eventuais despesas que não guardaram relação direta com a função presidencial – em valor total inferior a R$ 1.300,00 – foram integralmente reembolsadas de forma espontânea e imediata, à época de sua ocorrência e antes de qualquer investigação, inexistindo prejuízo ao Corinthians”, declara a defesa do ex-presidente.
A defesa afirmou que os gastos com cartão corporativo durante a gestão de Duilio somaram cerca de R$ 35 mil. Também destacou que as contas de sua gestão foram aprovadas por todos os órgãos competentes do clube, incluindo auditoria externa independente, sem qualquer alerta sobre irregularidades por parte do Conselho Fiscal, Conselho de Orientação ou Conselho Deliberativo.
“A defesa salienta ainda que o oferecimento de denúncia não se confunde com condenação. Os esclarecimentos já prestados demonstram, de forma inequívoca, a boa-fé, a transparência e a responsabilidade que sempre pautaram a atuação de Duilio Monteiro Alves à frente do clube”, conclui a nota.
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