A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) incluirá na pauta de sua última reunião deliberativa deste ano a aprovação dos estudos da ferrovia EF-118, que conectará Rio de Janeiro e Espírito Santo, e da Ferrogrão, projetada para ligar Pará e Mato Grosso.
A decisão ocorrerá nesta sexta-feira (12/12), em Brasília, e os projetos seguirão para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) ainda este ano.
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Os dois projetos ferroviários fazem parte do pacote de leilões que o Ministério dos Transportes pretende realizar em 2026. Após a aprovação pela ANTT e posterior análise do TCU, os certames da EF-118 e da Ferrogrão estão programados para junho e setembro do próximo ano, respectivamente.
A deliberação sobre a renovação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), malha administrada pela VLI cujo contrato vence em agosto de 2026, ficou agendada para o início do próximo ano. No setor rodoviário, a ANTT deve aprovar ainda em 2025 o projeto final da concessão da Rota 2 de Julho, que abrange as BRs-324/116 na Bahia, anteriormente sob gestão da ViaBahia.
O Ministério dos Transportes estabeleceu um cronograma que prevê três leilões rodoviários para março de 2026. O primeiro será o da Rota das Gerais, trecho de 735 quilômetros das BR-116-251/MG. Na sequência virão a Rota dos Sertões (BR-116/BA/PE) e o certame simplificado da Autopista Régis Bittencourt, ativo da Arteris já repactuado no TCU.
O ministro Renan Filho confirmou na quarta-feira (10/12) que disputará o governo de Alagoas em 2026, o que o obrigará a deixar o cargo até abril. Os leilões rodoviários de março ainda serão conduzidos sob sua gestão.
“Ontem mesmo, antes do lançamento da CNH do Brasil, conversei com o presidente Lula (…) combinando também a transição no Ministério dos Transportes porque o presidente quer manter a equipe que está tocando as obras”, disse Renan Filho durante sua participação no programa “Bom Dia, Ministro”.
O projeto da EF-118 envolve negociações entre o governo federal e a Vale. A relação entre o Ministério dos Transportes e a mineradora ficou estremecida após as partes não chegarem a um consenso sobre as repactuações das ferrovias EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas) e EFC (Estrada de Ferro Carajás).
Existe a possibilidade de o governo e a Vale retomarem oficialmente as negociações em 2026, após a tentativa de acordo na SecexConsenso do TCU não ter prosperado. A mineradora antecipou R$ 4 bilhões em pagamentos ao governo quando assinou um aditivo no fim do ano passado.
Na renovação da EFVM surgiu a previsão de que a Vale poderia construir o ramal de Anchieta (ES), conectando o traçado da EF-118 ao município de Santa Leopoldina (ES). A construção e operação desse ramal ficariam sob responsabilidade do futuro operador da EF-118.
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