Um estudo de 2024 publicada no Sapienza: International Journal of Interdisciplinary Studies mostra os efeitos mensuráveis das cores na autoestima.
Os dados mostram que durante a intervenção “Colour Challenge Week”, o grupo de estudantes que passou a usar cores diferentes nas roupas reduziu a taxa de baixa autoestima de 29,4% para 11,8%.
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O estudo também registrou aumento significativo no afeto positivo usando a escala PANAS, instrumento psicológico chamado de Positive and Negative Affect Schedu.
Outro estudo de 2025, realizado com mais de 4.800 participantes em 10 países, mostrou padrões culturais e universais na preferência de cores, reforçando a influência do contexto social nas escolhas cromáticas.
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Como as cores influenciam você no dia a dia?
O estudo “Colours in clothes and psychological functioning: the impact on emotions and self-esteem” de 2024 analisou como o uso de diferentes cores nas roupas, por uma semana, afeta emoções e autoestima.
A pesquisa aplicou o PANAS para medir afeto positivo e negativo e utilizou a Escala de Autoestima de Rosenberg para avaliar mudanças no autoconceito.
Os resultados mostraram uma redução significativa no grupo classificado com baixa autoestima: de 29,4% para 11,8% após a intervenção.
Por que a escolha de cores pode afetar nossa autoestima?
Existem algumas possíveis explicações para a relação entre cor e autoestima, mesmo que a cor seja a sua preferida.
O primeiro é causado por expressão emocional inconsciente. Optar por tons escuros como preto ou cinza e/ou neutros como bege pode ser uma maneira de se proteger, evitando chamar atenção quando se sente vulnerável.
O outro efeito é sobre o humor da pessoa quando as pessoas mudam suas roupas para cores diferentes, mais claras e vivas, elas relatam melhora no humor e na autoestima.
O estudo Do we feel colours? A systematic review of 128 years of psychological research linking colours and emotions, de janeiro de 2025, diz que cores claras são associadas a positividade e as cores escuras a negatividade e que esses padrões são impulsionados pela tonalidade e fatores de claridade, saturação e temperatura da cor.
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Quais cores estão associadas à baixa autoestima?
O livro “A Psicologia das Cores”, da socióloga alemã Eva Heller, mostra que as cores carregam significados simbólicos que influenciam nossa percepção do mundo e de nós mesmos.
Segundo a autora, cores escuras e neutras como preto, cinza e marrom refletem contenção emocional e desejo de proteção. O preto, por exemplo, transmite elegância e autoridade, mas também isolamento e introspecção.
Já o cinza é neutro e discreto e evita chamar a atenção. O marrom e o bege mostram estabilidade e segurança, mas também podem indicar reserva e cautela emocional.
Segundo o livro, essas associações podem se manifestar de forma inconsciente. Quem se sente vulnerável e inseguro tende a escolher tons escuros. É como se fosse um tipo de escudo.
Cores mais vividas e vibrantes como vermelho, amarelo, verde e outras são sempre associadas a emoções positivas, energia (não espiritual), entusiasmo. Estão associadas a bem-estar e autoestima.
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Caminhos para lidar com a autoestima além das cores
Uma pesquisa de 2018, diz que estratégias de autocompaixão e terapias psicológicas, como a Terapia Focada na Compaixão (CFT), podem ajudar na redução da autocrítica, fortalecer a autoimagem e aumentar sentimentos de valor pessoal.
Técnicas de autoafirmação também demonstraram efeito positivo no bem-estar emocional. Isso promove maior resiliência diante de desafios. Os métodos mostram que mudanças no comportamento, pensamento e percepção podem impactar significativamente a autoestima.
