O governo do estado de São Paulo anunciou que deve transformar a Floresta do Morro Grande, em um parque estadual, chamado Parque Estadual do Morro Grande, e com tamanho impressionante, que caberiam mais de 60 Ibirapueras.
O novo parque ficará localizado nos municípios de Cotia e Ibiúna e será uma Unidade de Conservação de proteção integral, gerida pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), por meio da Fundação Florestal.
Segundo o governo estadual, a nova área possui cerca de 3 mil hectares a mais do que o Parque Estadual da Cantareira e tem grande riqueza de flora e fauna da Mata Atlântica.
Esse será o 37˚ parque estadual de São Paulo. Atualmente, as unidades de conservação administradas pela Fundação representam cerca de 20% do território paulista.
Por que criar um parque para a Floresta do Morro Grande?
Além de ser uma das poucas áreas preservadas de Mata Atlântica do país, a região protege as nascentes e cabeceiras do rio Cotia e de outros riachos que contribuem com os reservatórios Pedro Beicht e Cachoeira da Graça, integrantes do Sistema Produtor Cotia.
Dessa forma, os rios presentes na Floresta do Morro Grande são responsáveis pelo abastecimento de água de alta qualidade para cerca de 400 mil pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, reforçando a segurança hídrica em uma das regiões mais populosas do país.
“Atuamos de forma planejada e estratégica, aliando a preservação de nossa biodiversidade com o reforço da segurança hídrica do estado de São Paulo. Com a transformação do Morro Grande em Parque Estadual, conseguiremos reforçar a gestão integrada do território, ampliando a proteção integral da biodiversidade e conciliando com o uso público sustentável, a educação ambiental e a pesquisa científica”, explicou a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, em evento para celebrar a novidade na semana passada.
O Morro Grande é uma das florestas mais estudadas do estado e é referência no Programa BIOTA/FAPESP. Inventários científicos registram 260 espécies arbóreas, 198 aves — sendo 13 ameaçadas — dezenas de mamíferos e uma das maiores riquezas conhecidas de aranhas orbitelas da Mata Atlântica.
A nova classificação indica que os recursos naturais do parque só poderão ser utilizados para pesquisas e educação ambiental, com visitação guiada e controlada para o público. As visitas estão programadas para o primeiro semestre de 2026, segundo o portal Meteored.
Mais do que 60 Parques Ibirapuera

A área total do novo parque é de 10.870 hectares — o equivalente a cerca de 10 mil campos de futebol ou a mais de 60 parques do Ibirapuera, localizado em São Paulo.
Para fins de comparação, o Parque Ibirapuera possui aproximadamente 158 hectares bem no coração da capital paulista. A nova região de preservação ambiental será uma das maiores do estado.
