Em 2008, o Brasil parou com o caso Eloá, adolescente de 15 anos, vítima de feminicídio. A adolescente teve seu apartamento invadido pelo ex‑namorado, Lindemberg Fernandes Alves de 22 anos, em Santo André no ABC Paulista. Ele manteve Eloá e a amiga Nayara Rodrigues em cárcere privado por mais de 100 horas.
Na invasão policial, Eloá acabou morrendo após ser atingida com uma bala na cabeça. Nayara sobreviveu após ser atingida no rosto.
Mas após o falecimento da jovem, outro caso tomou conta da televisão brasileira. O pai de Eloá foi preso após descobrirem que ele é um matador de aluguel.
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Quem foi o pai de Eloá?
Segundo o Correio Braziliense, Everaldo Pereira dos Santos foi cabo da Polícia Militar de Alagoas (PM‑AL). Segundo investigações, ele teria sido desligado da corporação em meados dos anos 90 por deserção ou conduta ilegítima.
Ele passou a usar nome falso de Aldo José da Silva, enquanto estava foragido da Justiça de Alagoas, conforme apontado pela polícia estadual.
Entre as acusações estão o envolvimento com o grupo denominado Gangue Fardada, organização de ex-policiais acusados de homicídios, sequestros e assaltos no interior do estado.
Como ele agiu e se comportou durante o sequestro da filha?
Durante o sequestro de Eloá, Everaldo chegou a aparecer publicamente quando foi atendido por uma equipe médica após passar mal.
A visibilidade do momento abriu caminho para as autoridades de Alagoas reativarem os mandados existentes contra ele.
Na época, ele chegou a ir para o hospital após sequestro da filha, a polícia de Alagoas solicitou que agentes de São Paulo investigassem o caso.
Segundo o Jornal do Brasil, a Justiça de Alagoas disse que Everaldo tem um mandado de prisão expedido pela morte do irmão do ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, assassinado a tiros em 1991.
33 anos de prisão
Everaldo foi condenado em Alagoas a 33 anos de prisão pelo assassinato do irmão do ex-governador de Alagoas em 1991.
Com base nesse reconhecimento visual e nos registros de identidade falsa em São Paulo, Everaldo foi localizado e preso em dezembro de 2009 em um sítio de parentes no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió.
Em 2013 houve um pedido de liberdade que foi negado. Everaldo segue preso até os dias de hoje. Ao que tudo indica ele está em regime semi-aberto.
Caso Eloá – Refém ao Vivo
Ainda em novembro, a Netflix lançou o documentário “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, dirigida por Cris Ghattas, a ideia é apresentar o caso sob um olhar mais amplo e crítico, além de reconstruir os eventos com recursos visuais, como imagens de arquivo e reconstituições.
A produção apresenta os acontecimentos em detalhes, incluindo negociações, tensão psicológica e as consequências desse crime na sociedade, oferecendo uma perspectiva profunda sobre violência, vulnerabilidade juvenil e a forma como a imprensa repercutiu o caso nacionalmente.
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