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Petro relaciona corpos encontrados na costa colombiana a bombardeios dos EUA

Presidente colombiano pede investigação sobre cadáveres em La Guajira e sugere ligação com operações militares americanas no Caribe que já deixaram 87 mortos

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, relacionou os corpos encontrados na costa do país a possíveis bombardeios realizados pelos Estados Unidos no mar do Caribe.

A declaração foi feita no domingo (7/12), por meio de uma publicação na rede social X, onde o mandatário colombiano mencionou cadáveres localizados próximo à região de La Guajira, na fronteira com a Venezuela.

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“Esses corpos foram encontrados flutuando no mar perto de La Guajira. Solicito à equipe forense que estabeleça suas identidades e coordene o trabalho com o Ministério Público da Venezuela. Eles podem ter sido mortos em um atentado a bomba no mar”, escreveu Petro em sua conta oficial.

As forças militares norte-americanas realizaram 23 operações contra embarcações na região caribenha, sendo 22 delas em águas internacionais a partir de 2 de setembro. Segundo Washington, as ações têm como alvo barcos supostamente envolvidos no transporte de narcóticos.

Essas operações, conduzidas tanto no Caribe quanto no Pacífico, já resultaram na morte de pelo menos 87 pessoas.

As ações ocorrem sem processos judiciais formais ou declaração de guerra aprovada pelo Congresso americano, e as autoridades dos EUA não apresentaram evidências que comprovem as alegações sobre transporte de drogas nas embarcações atacadas.

O episódio se insere em um contexto de tensão diplomática crescente entre o governo Trump, a Venezuela de Nicolás Maduro e a Colômbia de Petro.

As operações militares no Caribe começaram após o envio de navios de guerra americanos para a região. Enquanto os EUA afirmam combater cartéis de drogas, Caracas alega que Washington busca promover uma mudança de regime na Venezuela.

Em novembro, como resposta às ações americanas, o presidente colombiano suspendeu o compartilhamento de informações entre as forças de segurança da Colômbia e as agências de inteligência dos EUA. A medida permanecerá vigente até que Washington interrompa os ataques a embarcações no Caribe.

“A luta contra as drogas deve ser subordinada aos direitos humanos do povo caribenho”, afirmou Petro quando anunciou a suspensão da cooperação com os EUA.

Até o momento, não há confirmação sobre a identidade dos corpos encontrados na costa colombiana nem verificação oficial da relação entre essas mortes e as operações militares americanas na região.

A suspensão da cooperação em inteligência marca uma mudança nas relações entre Colômbia e Estados Unidos, países que tradicionalmente colaboram no combate ao narcotráfico regional.

Leia mais: Assembleia Legislativa do Rio vota nesta segunda-feira se mantém prisão de Rodrigo Bacellar

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