O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recebeu dos Estados Unidos um esboço de plano para encerrar a guerra no país, em conflito com a Rússia desde 2022.
O gabinete do líder ucraniano informou nesta quinta-feira (20/11) que Zelensky espera discutir o conteúdo com o presidente norte-americano Donald Trump nos próximos dias.
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Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o plano proposto por Washington sugere concessões territoriais por parte de Kiev e limitações às capacidades das Forças Armadas da Ucrânia.
A proposta gerou resistência entre países europeus, que veem nas exigências uma forma de capitulação.
O conteúdo completo do plano ainda não foi divulgado. Em nota, o governo ucraniano afirmou apenas que Zelensky delineou “princípios fundamentais que importam para nosso povo” e que está aberto ao diálogo com os EUA, Europa e demais parceiros internacionais.
Qual o status da guerra?
O avanço diplomático ocorre em um momento de fragilidade política e militar para Kiev.
As tropas ucranianas enfrentam desvantagens no campo de batalha, e o governo lida com um escândalo de corrupção que levou à demissão de dois ministros.
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No leste da Ucrânia, tropas russas avançam sobre Pokrovsk, importante centro ferroviário. Vídeos divulgados pelo Ministério da Defesa da Rússia mostram soldados circulando livremente na área sul da cidade.
Do lado russo, o Kremlin minimizou a iniciativa dos EUA. Segundo o porta-voz Dmitry Peskov, não há “consultas em andamento” e qualquer acordo futuro deverá abordar as “causas fundamentais do conflito”, expressão usada por Moscou para justificar suas exigências.
Qual o termômetro dos países?
A União Europeia ainda não comentou oficialmente o plano, mas ministros reunidos em Bruxelas sinalizaram oposição à imposição de concessões severas à Ucrânia.
“Os ucranianos querem paz, uma paz justa que respeite a soberania de todos. Mas a paz não pode ser uma capitulação”, declarou o chanceler francês Jean-Noel Barrot.
Nos EUA, o secretário de Estado Marco Rubio defendeu a continuidade das negociações com base em concessões mútuas.
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Uma delegação do Exército dos EUA está em Kiev para reuniões com autoridades locais. A equipe é liderada pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, e pelo chefe do Estado-Maior, Randy George.
Com informações de Reuters
